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Milhares manifestaram-se em Londres contra travão no desconfinamento

26 jun, 2021 - 18:14 • Lusa

Os manifestantes, que gritavam ‘que vergonha’, atiraram bolas de ténis ao portão da residência oficial do primeiro-ministro Boris Johnson, no número 10 de Downing Street e ao Parlamento, em Westminster.

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Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado no centro de Londres contra as restrições aplicadas no Reino Unido devido à pandemia de covid-19, após a última medida de desconfinamento ter sido adiada para julho devido ao aumento de infeções.

Com tarjas e cartões pintados com a palavra ‘liberdade’, os manifestantes marcharam ao som de tambores, música e apitos pelo centro da capital britânica, desde o 'Hyde Park' até ao Parlamento.

“Estou aqui porque acho que o confinamento nos custou a liberdade e os nossos direitos. Estou muito zangado com o Governo, tal como todos aqui”, apontou um dos manifestantes, que se deslocou desde Devon, no sul de Inglaterra, citado pela agência AFP.

Os manifestantes, que gritavam ‘que vergonha’, atiraram bolas de ténis ao portão da residência oficial do primeiro-ministro Boris Johnson, no número 10 de Downing Street e ao Parlamento, em Westminster.

Apesar dos avanços na vacinação e do longo período de confinamento no Inverno, o Reino Unido está a enfrentar nas últimas semanas novos surtos de covid-19, atribuídos à variante Delta, detetada inicialmente na Índia e considerada mais contagiosa.

O Reino Unido, que já registou mais de 128 mil mortes, nas últimas 24 horas assinalou mais de 18 mil novas infeções.

Esta deterioração da situação pandémica levou o Governo a adiar por quatro semanas, até 19 de julho, o levantamento das últimas restrições ainda em vigor.

A reabertura de bares, o atendimento ao balcão e não apenas nas mesas dos ‘pubs’ e a possibilidade de estarem mais de seis pessoas por mesa no interior de bares, estão entre as medidas adiadas.

A pandemia de covid-19 provocou mais de 3,9 milhões de vítimas em todo o mundo, resultantes de perto de 180 milhões de casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.

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