25 jun, 2021 - 21:45 • Lusa
Derek Chauvin, antigo polícia da cidade norte-americana de Minneapolis, foi hoje condenado a 22 anos e meio de prisão pelo homicídio do cidadão afro-americano George Floyd, em 25 de maio de 2020.
Um ano e um mês depois do homicídio de Floyd, que desencadeou protestos massivos em várias cidades dos Estados Unidos (EUA) contra o racismo, Derek Chauvin, de 45 anos, compareceu esta sexta-feira em tribunal para a leitura da sentença.
A sentença de Chauvin, que pressionou o pescoço do cidadão afro-americano durante mais de oito minutos, ficou, contudo aquém dos 30 anos de prisão pedidos pela acusação.
O Presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, considerou esta sexta-feira “apropriada” a sentença de 22 anos e meio de prisão para o antigo polícia Derek Chauvin, declarado culpado pelo homicídio do afro-americano George Floyd.
“Não sei exatamente todas as circunstâncias tidas em conta, mas parece-me apropriada” a sentença, respondeu Biden quando questionado pelos jornalistas sobre a leitura da sentença, na Sala Oval, na Casa Branca, no início de uma reunião com o homólogo do Afeganistão, Ashraf Ghani.
Alguns membros da família de George Floyd consideraram que a sentença de 22 anos de meio de prisão era insuficiente, enquanto outros consideraram que é um ímpeto para a mudança exigida no que diz respeito à justiça racial.
“Sofremos uma sentença perpétua por não termos na nossa vida, isso magoa-me de morte”, disse Rodney Floyd, irmão da vítima.
Já Terrence Floyd, também irmão de George, disse que ficou “um pouco desconfiado” com a sentença, mas mostrou-se confiante em relação ao futuro.
“Somos Floyd, somos fortes e vamos continuar fortes”, acrescentou, pouco depois de ser conhecida a sentença do antigo polícia.