03 jul, 2021 - 11:08 • Lusa
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O laboratório indiano Bharat Biotech assegura que a sua vacina contra a Covid-19, Covaxin, desenvolvida em conjunto com o Conselho Indiano de Investigação Médica (ICMR), demonstrou uma eficácia média de 77,8%, após os resultados finais do estudo clínico.
Os números resultam da avaliação de 130 casos confirmados entre a população do estudo, com 24 participantes no grupo da vacina e 106 no grupo do placebo (substância neutra administrada ao invés de um medicamento num controlo científico).
O resultado final da última fase do estudo, ainda sem revisão independente, alivia dúvidas sobre o medicamento, que foi amplamente usado na campanha de vacinação indiana e vendida a outros países, apesar de não ter a aprovação de uso da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os dados publicados baixam ligeiramente o nível de eficácia da vacina anunciado pelo laboratório em março, quando os resultados preliminares desta mesma fase apontavam para uma eficácia de 81%.
A Covaxin recebeu autorização de uso de emergência de forma independente numa dezena de países, entre os quais Brasil, Índia, Filipinas, Irão, México e outros.
“A empresa está em negociações com a OMS para ser incluída na lista de uso de emergência. O produto foi exportado para vários países e recebemos pedidos adicionais para fornecimento”, afirmou a empresa, em comunicado.
A Bharat Biotech assegurou que a sua fórmula é “a primeira a relatar uma eficácia prometedora contra as infeções assintomáticas”, de 63,6%, fundamental para ajudar a reduzir a transmissão da doença, afirmou.
O laboratório defendeu ainda a efetividade da vacina contra as variantes do SARS-CoV-2 como a variante Delta, Kappa, Alfa, Beta e Gama.
“A Covaxin funciona bem contra todas as variantes do SARS-CoV-2. O desenvolvimento bem-sucedido da Covaxin consolidou a posição da academia e da indústria indiana no âmbito nacional”, disse o diretor da ICMR, Balram Bhargava.
Oferece uma proteção de 65,2% contra a variante Delta, inicialmente detetada na Índia e que devido à sua propagação se converteu na variante dominante em vários países.
A pandemia provocou pelo menos 3.957.862 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente feito pela agência francesa AFP.