06 jul, 2021 - 09:12 • Miguel Coelho
O primeiro-ministro britânico anunciou o fim das restrições criadas no âmbito da pandemia de Covid-19 no país. As novas medidas devem entrar em vigor dentro de duas semanas.
O anúncio, feito na segunda-feira, não deixa de causar surpresa, tendo em conta que o Reino Unido assiste a uma nova vaga da pandemia.
Como é que o Governo britânico justifica este levantamento das medidas?
O que Boris Jonhson defende é que, apesar do elevado número de novos casos de Covid-19 que estão a surgir no Reino Unido, os casos graves e as número de mortes são em número relativamente reduzido, um pouco à semelhança do que se passa em Portugal.
No caso dos britânicos, a vacinação está ainda mais avançada, com quase dois terços dos adultos já com a vacinação completa e 86% com pelo menos uma dose.
O Governo britânico considera, pois, que está na altura de avançar para uma nova fase de convivência com o vírus.
Mas vão acabar todas as restrições?
Praticamente.
No meio disso tudo, há alguma restrição que se vá manter?
Muito poucas.
E as viagens? Vai acabar a obrigação de quarentena?
Sobre isso nada foi dito, mas é esperado que ainda esta semana o ministro dos Transportes faça um anúncio sobre o assunto. Segundo a imprensa britânica, é provável que sejam levantadas as restrições aos viajantes que já tenham a vacinação completa.
Mas o fim das restrições é um plano ou já é garantido?
É um plano, mas cuja aplicação está prevista a partir de dia 19 de julho. A decisão final vai ser tomada na próxima segunda-feira, dia 12, pelo Governo britânico em conjunto com os conselheiros científicos.
Se nada de muito anormal se passar nos próximos dias no que toca a evolução da pandemia, o objetivo de Boris Johnson é mesmo avançar com a decisão de retirar as medidas que ainda estão em vigor.
Correndo bem, poderá Portugal seguir o mesmo modelo?
É cedo para falar nisso, sobretudo, porque a vacinação está de facto mais atrasada do que no Reino Unido. Mas vai ser uma experiência seguida com toda a atenção, certamente, porque se se provar que o levantamento de restrições não leva a um disparar da pandemia, aí teremos motivos para festejar.
Mas há muitos especialistas que encaram esta decisão com ceticismo e o próprio Governo britânico já admitiu que, se for necessário, poderá ser dado um passo atrás.
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