09 jul, 2021 - 08:50 • Lusa com redação
O Presidente norte-americano confirmou que a retirada das tropas no Afeganistão será "concluída em 31 de agosto", e garantiu que os americanos "alcançaram seus objetivos" no país, de lutar contra a ameaça terrorista.
Os Estados Unidos não intervieram no Afeganistão há 20 anos "para construir uma nação", o que é "responsabilidade" dos próprios afegãos, disse Joe Biden.
“Penso que a nossa presença no Afeganistão deve estar centrada no motivo pelo qual fomos lá em primeiro lugar: garantir que o Afeganistão não sirva de base para atacar o nosso país novamente. É isso que temos. Alcançamos esse objetivo”, sublinhou.
“É hora de encerrar a guerra mais longa da América”, disse Biden, assegurando que os Estados Unidos “não irão precipitar-se a correr em direção à saída”, mas antes coordenar-se com o Governo afegão e aliados da NATO. Em vez de ser concluída até 1 de maio, como o ex-presidente Trump pretendia, a retirada irá iniciar-se naquela data, adiantou.
O Presidente afegão, Ashraf Ghani, fala numa transição tranquila e já veio garantir que as forças de segurança do país “são plenamente capazes de defender o seu povo e o seu país, o que vêm fazendo desde o início”.
O exército dos EUA já devolveu oficialmente o controlo de sete antigas bases americanas às forças afegãs e repatriaram equipamento militar equivalente à carga de 984 aviões C-17.
A retirada total foi prometida pelo ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou ser sua intenção retirar o país de "guerras sem fim". Já com Joe Biden na Casa Branca, a intenção de saída do efeito militar foi reiterada e o novo Presidente colocou a data simbólica de 11 de setembro (20.º aniversário do ataque terrorista às Torres Gémeas) para o fim do processo de retirada.
No auge da presença militar norte-americana no Afeganistão, em 2011, durante o mandato de Barack Obama, os Estados Unidos chegaram a ter 98 mil soldados no terreno, segundo dados do Pentágono.