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Candidatos contestam resultados das presidenciais em São Tomé e Príncipe

19 jul, 2021 - 17:48 • Redação com Lusa

Carlos Vila Nova rejeita a hipótese de segunda volta e alega ter ganho com mais 50% dos votos. Candidatos admitem a hipótese de "fraude".

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Os candidatos Carlos Vila Nova e Guilherme Posser da Costa passaram à segunda volta das eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe, que deverá realizar-se a 8 de agosto, após o escrutínio deste domingo não ter determinado um vencedor, de acordo com dados provisórios divulgados esta segunda-feira.

Segundo os resultados anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional (CEN) de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI), do presidente cessante, Evaristo Carvalho, foi o candidato mais votado, com 39,47%.

Em segundo lugar ficou Guilherme Posser da Costa, (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata), do atual governo de Jorge Bom Jesus, com 20,75%.

O candidato Carlos Vila Nova rejeita a hipótese de segunda volta e alega ter conseguido a vitória na votação de domingo, com mais de 50% dos votos, garantindo uma eleição à primeira volta, e manifestou-se preocupado com a demora na divulgação dos dados oficiais.

Os resultados provisórios das eleições presidenciais de domingo em São Tomé e Príncipe ainda não foram divulgados pela Comissão Eleitoral Nacional (CEN).

Em conferência de imprensa na sede de campanha, em Santarém, arredores da capital são-tomense, o diretor de campanha, Américo Ramos, indicou dispor de dados que "apontam para uma vitória do Vila Nova", mas não esclareceu se será necessário disputar uma segunda volta.

"Queremos apelar à Comissão Eleitoral que publique ou anuncie os dados provisórios das eleições ainda hoje, porque isto é a prática", disse ao final da noite de domingo.
"É a primeira vez que a Comissão Eleitoral Nacional adia a publicação dos dados no mesmo dia da contagem de votos", afirmou Américo Ramos, que indicou não ter qualquer justificação daquele organismo.
Questionado se a candidatura de Carlos Vila Nova receia uma adulteração dos resultados, respondeu que "tudo é possível".
"O candidato Carlos Vila Nova foi maioritariamente votado nessas eleições e nós não vamos permitir nenhuma tentativa de manipulação, adulteração nos resultados dessas eleições", sublinhou.
O porta-voz da CEN, Victor Correia, rejeitou que exista algum adiamento na divulgação de dados, justificando que o organismo estava ainda a receber informações. "Não há interesse nenhum em ocultar nada", comentou.
Mais de 123 mil eleitores foram chamados este domingo às urnas em São Tomé e Príncipe para escolher o próximo presidente da República, entre 19 candidatos, um número inédito nesta eleição.

Delfim Neves alega "fraude massiva"

Em terceiro lugar ficou Delfim Neves, presidente da Assembleia Nacional e apoiado pelo Partido da Convergência Democrática, com 16,88%, que já anunciou que vai contestar os resultados por "fraude massiva".

O candidato às eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe Delfim Neves, que dados preliminares colocam em terceiro lugar após a votação de domingo, afirmou, esta segunda-feira, que houve "fraude massiva" e que vai contestar os resultados.
"O que estamos a fazer num primeiro momento é solicitar a recontagem dos votos [nas mesas] onde não estamos representados", disse Delfim Neves, em conferência de imprensa na sede de candidatura, na capital são-tomense.

"A contestação é profunda. Não é aceitável em país nenhum, nem na Europa, China, um lugar qualquer, o candidato que fez a melhor campanha, durante três meses, atendeu todas as necessidades e passou a sua mensagem, a que o povo aderiu. De repente, passa para terceiro lugar e com votos residuais. Ao menos que sejam votos que sejam aceitáveis", sustentou.

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