28 jul, 2021 - 08:11 • Marta Grosso com agências
Sobe para 41 o número de mortos provocados pelas inundações na Bélgica. A informação é avançada pelo chefe do governo de Valónia, a região francófona no Sul do país que sofreu maiores estragos.
Segundo Elio Di Rupo, há ainda duas pessoas desaparecidas, além de estradas, casas e linhas de ferro destruídas e danos na rede elétrica.
Das 262 comunas de Valónia, 202 vão ser admitidas no Fundo de Calamidades criado pelo governo.
O último relatório apontava para a morte de 37 pessoas na sequência das chuvas torrenciais que atingiram o país em meados de julho e que levaram ao transbordo de vários rios.
Na terça-feira, o presidente da região da Valónia e antigo primeiro-ministro, anunciou também a criação de uma comissão especial de reconstrução, que será responsável por coordenar as medidas de emergência e preparar um plano de reconstrução.
O governo da Valónia já tinha prometido dois mil milhões de euros para este trabalho, mas o ministro das Finanças e Orçamento da Valónia, Jean-Luc Crucke, já veio dizer que “esta soma será provavelmente insuficiente”.
A avaliação dos danos por parte das seguradoras já começou e ainda não foi concluída, prevendo-se que dure “vários dias, até algumas semanas”, segundo o presidente da Valónia.
O primeiro-ministro belga reforça que “vai ser um esforço de longo prazo. Reconstruir tudo o que foi destruído vai levar tempo”, avisou Alexander De Croo.
As estimativas das seguradoras para os prejuízos causados pelo mau tempo na Alemanha foram revistas em alta, passando dos quatro mil milhões de euros para entre 4,5 e 5,5 mil milhões de euros.
Este o valor previsto para as indenizações devidas na sequência das tempestades que trouxeram inundações catastróficas a algumas zonas do país neste mês de julho.
O balanço das vítimas mortais está agora em 180 pessoas.
As cheias estenderam-se de perto da cidade de Colónia, no Oeste do país, até o sul da Baviera, tendo provocado o desabamento de casas e a destruição de cerca de 40 mil automóveis.
Várias pessoas ficaram presas debaixo dos telhados das suas casas.
Este poderá, assim, ser o ano mais caro para as seguradoras alemãs desde 2002, quando várias tempestades causaram 10,9 mil milhões de euros em sinistros.