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Estado Islâmico

Mulher alemã vai responder em tribunal por se ter juntado ao Estado Islâmico

29 jul, 2021 - 20:28 • Filipe d'Avillez

Leonora M. foi uma das muitas mulheres que fugiu para a Síria e para o Iraque para se juntar ao grupo terrorista.

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Uma mulher alemã vai ser indiciada por ter viajado para a Síria, em 2015, para se juntar ao Estado Islâmico.

Identificada apenas como Leonora M., a mulher vai ter de responder em tribunal por ter pertencido a um grupo terrorista e por cumplicidade com um crime contra a humanidade.

O Ministério Público da Alemanha diz que quando ela chegou à Alemanha tornou-se a terceira mulher de um jihadista e, nessa capacidade, auxiliou as suas atividades terroristas, gerindo a casa e ajudando-o a conseguir um emprego nos serviços secretos do Estado Islâmico.

Leonora terá trabalhado num hospital, onde aproveitava a convivência com outras esposas de militantes para reunir informações para os mesmos serviços secretos.

Mais concretamente, a ex-membro do Estado Islâmico é acusada de ter sido cúmplice do marido quando este comprou uma mulher yezidi, e os seus dois filhos, como escravos. Leonora ajudou a cuidar dos três, com o objetivo de serem revendidos, com lucro, o que acabou por acontecer.

Quando o Estado Islâmico foi derrotado territorialmente no nordeste da Síria, em 2018, Leonora acabou por se entregar às forças curdas, que combateram o grupo terrorista, com o apoio dos Estados Unidos.

Este é o mais recente caso de uma ex-militante do Estado Islâmico a ser levada a tribunal por pertença ao grupo terrorista na Síria e no Iraque.

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