01 ago, 2021 - 15:30 • Lusa
O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, disse hoje que o seu país tinha “provas” do envolvimento do Irão num ataque mortal no mar Arábico contra um petroleiro propriedade de um bilionário israelita.
“Acabo de ouvir que o Irão, de uma forma cobarde, está a tentar escapar à responsabilidade neste caso, que eles estão a negar [qualquer envolvimento]. Portanto, posso dizer com absoluta certeza que o Irão levou a cabo este ataque ao navio (...). Há provas disso”, afirmou, durante a reunião semanal do seu governo.
"Esperamos que a comunidade internacional envie um sinal claro ao regime iraniano de que cometeu um erro grave. Em qualquer caso, sabemos como enviar uma mensagem ao Irão, à nossa própria maneira”, acrescentou, sem especificar.
Na quinta-feira, o petroleiro “Mercer Street”, foi alvo de um ataque com ‘drones’ [aparelhos aéreos não tripulados] no mar Arábico, segundo os militares norte-americanos, que têm vários navios na região.
O ataque, que não foi reivindicado, deixou duas pessoas mortas - um britânico empregado pela empresa de segurança Ambrey, e um membro da tripulação romena, segundo o armador Zodiac Maritime, uma empresa internacional com sede em Londres, propriedade do israelita Eyal Ofer.
“Os iranianos, que atacaram o navio ‘Mercer Street’ com um ‘drone’, pretendiam atacar um alvo israelita, mas o seu ato de pirataria custou as vidas de um cidadão britânico e de um romeno”, acrescentou Bennett, antigo ministro da Defesa, que defende uma linha dura contra o Irão.
Segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Saeed Khatibzadeh, a acusação de que o Irão levou a cabo o ataque é “sem fundamento", referindo que "tais jogos de culpas não são novidade".
"Os responsáveis por este [ataque] são aqueles que tornaram possível ao regime israelita colocar o seu pé nesta região", considerou.