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Embarcação com 120 pessoas em risco perto de Malta

03 ago, 2021 - 13:09 • Joana Gonçalves , Fábio Monteiro

Uma mulher teve um parto a bordo da pequena embarcação. O navio mais próximo é português e já foi contactado pelo colectivo HuBB - Humans Before Borders.

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O serviço telefónico de ajuda para os migrantes no Mediterrâneo, Alarm Phone, alertou esta terça-feira para a presença de cerca de 120 pessoas a bordo de uma embarcação em dificuldades, perto da área de busca e resgate de Malta.

A informação foi avançada pelo colectivo HuBB - Humans Before Borders a quem foram enviadas as coordenadas da embarcação e a comunicação de que o navio mais próximo era português, de nome NINA F da empresa MSC - Mediterranean Shipping Company.

“Uma das coisas que fizemos foi contactar a empresa, informado que este navio estava em stress, que uma mulher teve um parto a bordo desta pequena embarcação e que havia uma criança recém-nascida juntamente com outras crianças”, afirmou em declarações à Renascença, Pedro Pedrosa, dirigente da HuBB.

Numa conversa telefónica, um membro da empresa disse não ter conhecimento da situação e terá contactado o mestre do navio.

“Mais tarde, disseram-nos que o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Malta estava a coordenar a situação de resgate, sendo que conseguimos verificar pela posição GPS que este navio de bandeira portuguesa está a deslocar-se para o local onde temos as coordenadas destas pessoas”, acrescentou o voluntário português.

O coletivo contactou, também, o diretor dos serviços de administração marítima, da autoridade da Direção-Geral de Recursos Marítimos, Paulo Pamplona, “que nos disse que ia fazer as diligências necessárias e reconheceu-nos, ao telefone, que a Líbia não era um local seguro e que não seria, de todo, ideal que estas pessoas fossem enviadas para a Líbia”.

Das quatro mensagens enviadas ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, por parte da Humans Before Borders, ainda nenhuma recebeu resposta.

“Estamos a tentar desenvolver contactos de forma a que as pessoas sejam largadas num porto seguro, que não é a Líbia, como o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e Organização Internacional para as Migrações (OIM) já veio confirmar”, garantiu Pedro Pedrosa.

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