03 ago, 2021 - 23:36 • Redação
O presidente dos Estados Unidos pede ao governador de Nova Iorque que renuncie na sequência de uma investigação independente que conclui que Andrew Cuomo assediou sexualmente várias funcionários e ex-funcionárias.
O relatório de 169 páginas, revelado esta terça-feira pela procuradoria de Nova Iorque, foi elaborado tendo por base milhares de documentos (textos e fotografias), os quais sugerem que Cuomo promovia um “ambiente de trabalho hostil”, de “medo e intimidação”.
Reagindo a estas conclusões, Joe Biden disse aos jornalistas, numa conferência de imprensa, que o governador de Nova Iorque “devia renunciar”, remetendo a decisão de um processo de destituição para a legislatura estadual.
Andrew Cuomo nega as conclusões e, de momento, não dá qualquer indicação de que vá apresentar a sua demissão. E, tal como tem feito desde que surgiram as primeiras acusações, em março, reafirma que nunca tocou “em ninguém de forma inapropriada” ou fez “avanços sexuais inapropriados”.
As pessoas entrevistadas incluíram as queixosas, atuais e ex-funcionários, polícias estaduais, funcionários do estado e outros que interagiam regularmente com o governador.
“Essas entrevistas e evidências revelaram um quadro profundamente perturbador, mas claro: o governador Cuomo assediou sexualmente várias mulheres, incluindo funcionárias e ex-funcionárias estaduais, violando legislação federal e estadual”, disse a procuradora-geral, Letitia James, durante a apresentação do relatório.
O governador e os membros da sua equipa terão também adotado “medidas de represálias dirigidas a pelo menos uma funcionária por ter testemunhado”.