07 ago, 2021 - 12:21 • Lusa
Aviões israelitas bombardearam hoje de madrugada dois alvos militares do Hamas em Gaza em resposta ao lançamento, na sexta-feira, de quatro balões incendiários para o seu território, tratando-se do segundo ataque na zona em menos de duas semanas.
“Os caças do exército israelita atacaram um complexo do grupo Hamas e um ponto de lançamento de foguetes”, referiu, em comunicado, um porta-voz militar israelita.
O lança-foguetes situava-se muito próximo de uma área civil, o que “mostra, mais uma vez”, que o Hamas “continua a colocar em perigo civis palestinianos”, frisou.
Segundo a imprensa israelita, o ataque não causou feridos e ocorreu depois de o lançamento de balões incendiários, na sexta-feira, ter causado vários incêndios em zonas israelitas e causando prejuízos na agricultura em zonas junto à Faixa de Gaza.
Até ao momento, o Hamas não se pronunciou sobre o ataque.
Médio Oriente
Segundo vários órgãos de informação israelitas, o (...)
Israel responsabiliza o movimento islamita Hamas, que governa em Gaza, por qualquer ação ou agressão proveniente de Gaza, e ataca, com frequência, em retaliação contra as posições do grupo.
Nos últimos meses, quando foram lançados balões incendiários, o exército intensificou a resposta, reagindo com bombardeamentos contra alvos do grupo islâmico. O último ataque foi há menos de duas semanas.
Israel e as milícias do Hamas e da Jihad Islâmica entraram em confronto em maio, numa guerra de 11 dias que matou 260 palestinos na faixa e 13 pessoas em Israel.
Desde que o cessar-fogo foi alcançado, uma calma tensa prevaleceu na área, apesar de alguns momentos de aumento da tensão.
Um dos elementos que vem acentuando a situação é o atraso na entrada de uma esperada remessa de dinheiro do Catar, destinada à ajuda humanitária em Gaza que, nos últimos anos, é um foco de disputas.
Israel aplica um bloqueio de ferro por terra, mar e ar em Gaza desde 2007, quando o Hamas passou a controlar o enclave.
Israel alega que o bloqueio é necessário para evitar que o Hamas aumente o seu potencial de armamento.