08 ago, 2021 - 10:45 • Lusa
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O certificado sanitário exigido a partir de segunda-feira em França para entrar em bares, restaurantes e outros locais será válido com um teste negativo à Covid-19 realizado em 72 horas e não em 48 horas, segundo o Governo.
Além de um teste de rastreio PCR ou de um teste de antigénio, também será aceite um autoteste, avançou o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, numa entrevista ao jornal Le Parisien.
Segundo o governante, estas alterações, em relação ao que foi planeado até agora, permitirão responder melhor à procura de testes por parte da população, referindo que na semana passada foram realizados mais de quatro milhões.
O ministro da Saúde anunciou estas alterações um dia depois de 237 mil pessoas se terem manifestado em toda a França contra a exigência do certificado sanitário e contra a obrigação dos trabalhadores da saúde serem vacinados o mais tardar até 15 de outubro, refere a agência de notícias espanhola Efe,
Dezenas de manifestações foram organizados em Pari(...)
"Qualquer que seja o número de manifestantes que se opõe à vacina, será sempre menor ao número de franceses que, ao mesmo tempo, são vacinados”, afirmou Olivier Véran
O protesto ocorrido no sábado, o quarto consecutivo, foi o mais numeroso até à data, refere a Efe, precisando que no dia 31 de julho tinham participado nos protestos 204.000 pessoas, na semana anterior 161.000 e, no dia 17 de julho, 110.000.
Olivier Véran assegurou que a ampliação a partir de segunda-feira do certificado sanitário, que desde 21 de julho já era obrigatório para entrar em locais culturais e de lazer, como cinemas, bibliotecas ou museus, não é uma obrigação de vacinação encoberta.
"É um incitamento a ser vacinado, a ser testado ou não ir a sítios muito concorridos”, afirmou o ministro sobre o documento que exige a vacinação completa, um teste negativo ou uma prova que a pessoa já teve a doença provocada pelo coronavírus SARS-Cov-2.
O certificado de saúde é uma das medidas que tem causado mais controvérsia em França, com muitos franceses a recusarem vacinar-se para frequentarem locais como bares, restaurantes ou cinemas.