14 ago, 2021 - 15:30 • Redação
Pelo menos 304 pessoas morreram em resultado do violento sismo de magnitude 7,2 na escala de Richter registado este sábado no Haiti, a cerca de 12 quilómetros a norte de São Luís do Sul.
As vítimas mortais subiram em flecha nas últimas horas: primeiro, de 29 para 230 e, depois, para mais de três centenas, sendo que a estes somam-se um número ainda não contabilizado de feridos.
O primeiro-ministro, Ariel Henry, já declarou o estado de emergência, que deverá ter a duração de um mês.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou que os Estados Unidos vão ajudar o Haiti no apoio de emergência à população, através da agência USAID, e no processo de reconstrução das infraestruturas danificadas pelo tremor de terra.
A tragédia deste sábado acontece num país que ainda recupera do abalo que foi o assassinato do Presidente Jovenel Moise.
Nos momentos iniciais, logo a seguir à terra tremer, as primeiras reações já indiciavam que estaríamos perante uma tragédia de grandes proporções.
“Há mortos, mas ainda não tenho um balanço preciso”, adiantou Jerry Chandler, o diretor da Proteção Civil do país, que confirmou também que o primeiro-ministro, Ariel Henry, estava a caminho do centro de operações de emergência, em Porto Príncipe.
“O mais importante é recuperar o maior número possível de sobreviventes sob os escombros”, afitrmou o mesmo Ariel Henry.
O sismo foi sentido também na República Dominicana, que divide com o Haiti a ilha caribenha de Hispaniola.
Citado pelas agências internacionais, o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, já classificou a situação no terreno como "dramática", numa referência às vítimas mortais e aos danos materiais provocados pelo sismo no país, o mais pobre do continente americano.
Em janeiro de 2010, o Haiti registou um terramoto de 7 graus na escala de Richter que causou 300.000 mortos, outros milhares de feridos e afetou 1,5 milhões de pessoas.
O Sistema de Alerta de Tsunamis dos Estados Unidos emitiu, de acordo com a CNN, um aviso de perigo de tsunami, com probabilidade de ocorrência de ondas até três metros de altura, acima do nível da maré. No entanto, horas depois, esse alerta foi levantado.
[notícia atualizada às 23h55]