23 ago, 2021 - 19:35 • Lusa
A Grécia vai começar a administrar a terceira dose da acina contra a Covid-19 à população mais vulnerável, a partir de setembro, para combater a propagação da variante Delta, anunciou a presidente do Comité Nacional de Vacinação, Maria Theodoridu, esta segunda-feira.
Esta terceira dose de reforço será dada só com vacinas utilizando a tecnologia do RNA mensageiro (mRNA), como as da Pfizer e da Moderna - mesmo que as pessoas tenham anteriormente sido vacinadas com as da AstraZeneca e da Johnson & Johnson - e será administrada a pessoas que tenham recebido a segunda dose pelo menos um mês antes.
Será dada prioridade para receber a terceira dose a pessoas imunocomprometidas, como doentes que tenham recebido tratamento para o cancro ou feito o transplante de um órgão ou pessoas com o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV).
Maria Theodoridu pediu que esta decisão não distraia do principal objetivo, que é vacinar toda a população, e recordou que as vacinas de duas doses têm uma eficácia de 92% e que, embora os vacinados possam ser infetados e contrair a variante Delta da Covid-19, mais infeciosa, têm 65% menos de hipóteses de transmitir a doença a outros.
As pessoas com direito à terceira dose da vacina poderão pedir o agendamento a partir da próxima semana.
Esta segunda-feira, a Grécia registou um aumento do número de mortos, de doentes em cuidados intensivos e de hospitalizados, enquanto o número de novos casos se manteve elevado, com 2.628 registados nas últimas 24 horas.
Morreram 34 pessoas e 319 doentes deram entrada nas unidades de cuidados intensivos, no país grego.