26 ago, 2021 - 07:18 • Lusa
O ministro da Defesa israelita disse que o Irão em dois meses vai obter os materiais necessários e fabricar uma bomba atómica, pelo que Israel exige um acordo nuclear diferente do assumido em 2015.
"Não sabemos se o regime iraniano estará disposto a assinar um acordo e regressar à mesa de negociações, mas a comunidade internacional deve construir um plano B viável para impedir o Irão em seu caminho para uma arma nuclear", disse Benny Gantz durante uma reunião com 60 diplomatas israelitas em Telavive.
Gantz revelou estas informações quando o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, está em Washington para a sua primeira visita oficial aos Estados Unidos.
Bennett vai discutir esta quinta-feira com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a ameaça nuclear iraniana e propor soluções alternativas para o acordo nuclear.
O Irão e os cinco países do Conselho de Segurança da ONU [Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido] e a Alemanha (5+1), assinaram em 2015 um acordo para o regime iraniano interromper o seu programa nuclear, um acordo que o ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump abandonou em 2018, mas que a Administração de Joe Biden espera retomar ou renegociar.
Israel sempre se opôs a este acordo, considerando que as potências do grupo 5+1 fizeram muitas concessões, levantando quase todas as sanções sem forçar o Irão a paralisar o seu programa de enriquecimento de urânio a 100%.
O ministro israelita mostrou-se favorável às negociações diplomáticas para chegar a um acordo "mais longo, mais forte e mais amplo" que o anterior ", já que" um programa nuclear iraniano poderia provocar uma corrida armamentista na região e em todo o mundo".
No entanto, o ministro israelita observou que, se necessário, Israel poderia realizar uma ação militar unilateral, uma ameaça que recorrentemente é feita pelo Estado hebreu.
"Israel tem os meios para agir e não hesitará em fazê-lo. Não descarto a possibilidade de Israel agir no futuro para evitar um Irão nuclear", disse.
País insiste que não está interessado na produção (...)