27 ago, 2021 - 15:55 • Redação
O Pentágono esclareceu esta sexta-feira que, afinal, não ocorreu um segundo ataque terrorista contra um hotel nas imediações do aeroporto de Cabul, como foi inicialmente noticiado.
O major-general William Taylor explicou, em conferência de imprensa, que tudo não terá passado de uma confusão e de uma falha de informação.
Um dos portões do aeroporto de Cabul foi o único alvo do ataque bombista suicida registado na quinta-feira, adiantou o chefe militar.
O número de soldados norte-americanos mortos no atentado subiu de 12 para 13 nas últimas horas, adiantou o porta-voz do Pentágono.
Esta sexta-feira, cerca de 5.400 pessoas continuam a aguardar no aeroporto de Cabul para serem retiradas do Afeganistão.
O número de afegãos mortos no atentado de quinta junto ao aeroporto aumentou para 79, disse à agência Reuters uma fonte hospitalar.
Mais de 120 pessoas ficaram feridas, de acordo com esta nova atualização do número de vítimas.
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, avança que o primeiro grupo de 56 refugiados afegãos, resgatados no aeroporto de Cabul depois da ocupação talibã do país, chega já esta sexta-feira a Portugal.
Em declarações à RTP, a ministra disse que "até ao dia de amanhã [sábado], todas estas 56 pessoas chegarão ao nosso país em segurança e pode então iniciar-se esse processo de acolhimento".
O Ministério da Defesa já adiantou, entretanto, que o avião com os quatro militares portugueses vindos do Afeganistão e com o primeiro grupo de refugiados deve aterrar por volta das 20h25, no aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa.
Sobre o processo de acolhimento, Mariana Vieira da Silva informou que, numa primeira fase, "as pessoas permanecerão em centros de acolhimento temporário, para que possa ser feito esse trabalho de contacto com aquelas famílias de informação sobre muitas áreas" - um processo que já é praticado no acolhimento de outros refugiados, no âmbito dos protocolos com os Governos da Turquia e do Egipto e das organizações não-governamentais que apoiam refugiados no Mediterrâneo.
Na segunda fase, vão ser procuradas "soluções habitacionais, escolares, de formação profissional e de entrada no mercado de trabalho". "E é reunindo toda essa disponibilidade que agora se procurarão as soluções que em concreto podem ser as melhores para as famílias que vão chegar, de idades e situações diferentes", disse.