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China e Rússia demarcam-se de aviso do Conselho de Segurança aos talibãs

30 ago, 2021 - 21:43 • Lusa

13 dos 15 Estados-membros votaram a favor do texto, enquanto a China e a Rússia abstiveram-se.

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O Conselho de Segurança da ONU aprovou esta segunda-feira, com divisões entre os países ocidentais e Rússia e China, uma resolução advertindo os talibãs da necessidade de honrar o seu "compromisso" de permitir uma saída "segura" do Afeganistão para afegãos e estrangeiros.

13 dos 15 Estados-membros votaram a favor do texto redigido pelos Estados Unidos da América (EUA), França e Reino Unido, enquanto a China e a Rússia abstiveram-se.

Na resolução, o Conselho de Segurança da ONU afirma que "espera" que os talibãs mantenham todos os seus "compromissos" no que diz respeito a uma partida "segura" e "ordeira" do Afeganistão de "afegãos e estrangeiros", depois da retirada das tropas dos EUA, que deverá ficar concluída na terça-feira.

Por seu lado, o documento não faz referência à "zona segura", ou zona protegida, em Cabul, mencionada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, no domingo.

Questionados esta segunda-feira, diplomatas na ONU disseram que não está prevista uma "área protegida", mas sim responsabilizar os talibãs pelos seus compromissos em permitir a "passagem segura" das pessoas.

"Esta resolução não é operacional, trata principalmente de princípios, mensagens políticas fundamentais e advertências", disse um dos diplomatas.

Segundo Richard Gowan, especialista da ONU na organização de prevenção de conflitos International Crisis Group, a resolução "envia uma mensagem política aos talibãs sobre a necessidade de manter o aeroporto aberto e de ajudar as Nações Unidas a canalizar a ajuda".

Mas, no global, "o texto é bastante leve" e "Macron errou ao exagerar a ideia de uma área protegida no aeroporto de Cabul", disse à agência de notícias AFP.

A reunião desta segunda-feira do Conselho de Segurança da ONU, em que a situação no Afeganistão era o único ponto da agenda, foi convocada pelo secretário-geral da organização, António Guterres, na sequência do ataque perpetrado pelo ramo afegão do grupo 'jihiadista' Estado Islâmico na passada quinta-feira em Cabul.

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