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Médio Oriente

Israel alivia restrições na Faixa de Gaza

01 set, 2021 - 10:00 • Lusa

Foi reaberto o único ponto de passagem de mercadorias, alargada a zona de pesca no enclave palestiniano, que também vai receber mais água.

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O Governo israelita reabriu a passagem de Kerem Shalom e alargou a zona de pesca no enclave palestiniano controlado pelo Hamas.

Israel fechou Kerem Shalom, o único ponto de passagem israelita de mercadorias para a Faixa de Gaza, durante a guerra de 11 dias com o Hamas em maio, apenas para a reabrir gradualmente após os confrontos mortais. O mesmo se aplica à zona de pesca deste território de dois milhões de habitantes sob bloqueio israelita desde 2007.

Mas esta manhã, Cogat, o organismo israelita encarregado das operações civis nos Territórios Palestinianos, anunciou que "após uma avaliação de segurança e validação do nível político, foi decidido alargar a zona de pesca de Gaza para 15 milhas náuticas" e reabrir "completamente" a passagem de Kerem Shalom.

O Estado hebraico também vai entregar mais água a Gaza e aumentar de duas mil para sete mil o número de autorizações para os comerciantes da Faixa de Gaza atravessarem a passagem de Erez, a única que permite aos palestinianos do enclave entrar ou transitar por Israel, acrescentou o Cogat.

Estas medidas são "condicionadas" à manutenção da segurança no enclave, afirmou.

O anúncio ocorre dois dias uma reunião em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, entre o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, e o ministro da Defesa israelita, Benny Gantz, o primeiro a esse nível em anos, para discutir a segurança e a economia.

A reunião realizou-se pouco depois de o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, e o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se terem encontrado em Washington e alcançarem acordo entre Israel e o Qatar sobre um novo sistema de distribuição da ajuda do Qatar para a Faixa de Gaza, que ascende a dezenas de milhões de dólares por mês.

Esta ajuda mensal tinha sido bloqueada desde maio pelo estado hebraico, que acusava o Hamas de a desviar para fins militares, o que o movimento armado nega.

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