31 ago, 2021 - 15:52 • Cristina Nascimento com agências
A operação terminou um dia antes do prazo limite. A 30 de agosto os Estados Unidos deram por terminada a tarefa de retirar do Afeganistão todos os seus militares, pondo fim à mais longa guerra em que já participaram. Chegaram em 2001, no rescaldo dos atentados de 11 de setembro e saem agora, depois dos talibãs terem recuperado o poder no país.
Nas redes sociais, as autoridades norte-americanas divulgam a imagem esverdeada de um militar vestido com um camuflado: é o major general Christopher Donahue, comandante da 82ª Divisão Aerotransportada, o último a deixar solo afegão.
Donahue, 52 anos, chegou ao Afeganistão em agosto já com o propósito de levar a cabo esta missão de retirada. Mas as operações especiais e difíceis estão longe de ser uma estreia para este militar que se formou na Academia Militar de West Point, em 1992. Desde então já passou por várias missões e postos, no estrangeiro, entre os quais, Coreia do Sul, Panamá, Iraque, Síria, Afeganistão, entre outros.
Segundo dados avançados pela CNN, em 18 dias, as autoridades norte-americanas retiraram quase 80 mil civis do país, dos quais seis mil eram americanos e os outros cidadão de outros países e também afegãos civis. Há ainda, no entanto, menos de 250 civis norte americanos que optaram por ficar.
Relatos de pessoas no aeroporto de Cabul garantem que, após o C-17 que levava os últimos militares norte-americanos ter levantado voo, houve tiros disparados para celebrar a partida.
Começa um novo capítulo no país.