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Joe Biden ordena desclassificação de documentos sobre 11 de setembro

03 set, 2021 - 22:23 • Lusa

É um momento significativo na disputa, que dura há anos, entre a administração norte-americana e as famílias das vítimas sobre quando é que informações confidenciais sobre o período de preparação dos ataques seriam tornadas públicas.

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O presidente norte-americano, Joe Biden, assinou esta sexta-feira uma ordem executiva determinando a desclassificação de certos documentos relacionados aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, noticiou a AP.

Segundo adianta a agência noticiosa norte-americana, a decisão de Biden é interpretada como um gesto de apoio às famílias das vítimas que há muito procuram mais informação, na esperança de implicar o governo saudita.

A ordem, assinada a pouco mais de uma semana do vigésimo aniversário dos ataques às torres gémeas, é considerado um momento significativo na disputa, que dura há anos, entre a administração norte-americana e as famílias das vítimas sobre quando é que informações confidenciais sobre o período de preparação dos ataques seriam tornadas públicas.

Esse litígio ganhou força o mês passado, quando cerca de 1.800 familiares, sobreviventes e socorristas da tragédia se opuseram à participação de Biden nos eventos do 11 de setembro caso os documentos não fossem desclassificados.

"Os eventos significativos em questão ocorreram há duas décadas ou mais, e dizem respeito a um momento trágico que continua a ressoar na história norte-americana e na vida de tantos norte-americanos", lê-se na ordem executiva de Biden, que prossegue: "Portanto, é fundamental garantir que o governo dos Estados Unidos maximize a transparência, contando com a classificação apenas quando for estritamente adequada e necessária."

A ordem executiva de Biden instrui o Departamento de Justiça e outras agências da Administração norte-americana a iniciar uma revisão de desclassificação e exige que os documentos desclassificados sejam divulgados nos próximos seis meses.

Ainda assim, o impacto prático da ordem executiva e de quaisquer novos documentos que a decisão de Biden possa produzir ou trazer à luz não ficou claro de imediato.

Investigações anteriores delinearam laços entre cidadãos sauditas e alguns dos sequestradores dos aviões utilizados contra as torres gémeas de Nova Iorque, mas não estabeleceram se o governo saudita estava diretamente envolvido.

Desconhece-se se a divulgação dos documentos anteriormente ocultados pelos EUA pode alterar essa avaliação.

O Departamento de Justiça anunciou no mês passado que o FBI havia concluído recentemente uma investigação em que analisou alguns dos sequestradores do 11 de setembro e possíveis co-conspiradores, e que agora se equacionava a sua eventual divulgação face à impossbilidade anterior de revelar os dados recolhidos.

As famílias criticam que "até agora, nenhum material substantivo adicional foi produzido, e que o FBI não concordou em fazer um esforço adicional para encontrar seus documentos perdidos".

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  • António J G Costa
    04 set, 2021 Cacém 21:39
    Evidentemente, os grandes amigos dos EUA, na região são o Paquistão (onde esteve escondido Bin Laden), a Turquia (base dos ataques do EI contra a Síria) e a Arábia Saudita. Com amigos destes os EUA não precisam de inimigos. Vamos ver o que é que vai ser tornado público sobre o 11 de Setembro. A ver, vamos.

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