16 set, 2021 - 11:55 • Lusa
Cerca de 3.000 funcionários de estabelecimentos de saúde franceses que não estão vacinados foram esta quinta-feira suspensos de funções, no primeiro dia da obrigatoriedade de imunização contra a Covid-19 para essas pessoas, anunciou esta quinta-feira o Ministro da Saúde francês.
Em entrevista à rádio RTL, Olivier Véran sublinhou que muitas destas suspensões “são apenas temporárias” e também que este número representa uma parte mínima dos 2,7 milhões de pessoas para as quais a vacinação passou a ser obrigatória nos serviços de saúde.
Além disso, referiu que os funcionários suspensos não são maioritariamente pessoal médico, mas trabalham em serviços de apoio dos estabelecimentos de saúde.
Junto com essas 3.000 suspensões, também houve "algumas dezenas" de demissões no primeiro dia de obrigatoriedade da vacina.
O ministro sublinhou que "estamos muito longe" dos números de 200.000 a 300.000 trabalhadores da saúde que poderiam ser afastados, segundo algumas fontes, da assistência médica ou de lares e infraestruturas de apoio a idosos por serem contrários à vacinação.
A vacinação obrigatória, instituída por lei de urgência aprovada no início de agosto, estipula que a partir de 15 de setembro os grupos em questão devem comprovar que receberam pelo menos a primeira dose da vacina e ter a vacinação completa até 15 de outubro.
Quase 95% dos médicos tomaram pelo menos uma dose até ao final da semana passada e quase 90% do pessoal dos lares de idosos está vacinado.
Véran fez, por outro lado, um apelo para que todas as pessoas que recebem a vacina contra a gripe todos os anos (entre 17 e 18 milhões de pessoas) venham a receber uma terceira dose contra a Covid-19.
"Essa terceira dose é necessária" porque essas pessoas têm um sistema imunológico mais frágil, explicou.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.646.416 mortes em todo o mundo, entre mais de 225,72 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.