27 set, 2021 - 15:39 • Redação
A nova liderança talibã do Afeganistão proibiu os barbeiros da província de Helmand de desfazer ou aparar as barbas dos clientes, avança a BBC.
O movimento extremista que tomou o poder no final de agosto, na sequência da retirada dos Estados Unidos, considera que o simples ato de cortar a barba viola a lei islâmica, a Sharia.
Num aviso colocado em estabelecimentos da província de Helmand pode ler-se que os cabeleiros estão obrigados a seguir a Sharia em matéria de cortes de cabelo e barba e “ninguém tem o direito de se queixar”.
Quem violar a ordem será punido, avisa a polícia religiosa talibã.
Radicais islâmicos no poder no Afeganistão alegam (...)
Alguns barbeiros em Cabul, a capital do Afeganistão, também dizem ter recebido instruções no sentido de deixarem de cortar as barbas dos clientes.
“Os combatentes estão sempre a passar por cá a ordenar que deixemos de aparar barbas. Um deles avisou que podem enviar inspetores à paisana para nos apanhar”, conta um barbeiro de Cabul, citado pela BBC.
Esta é mais uma restrição imposta pelos talibãs, que professam uma visão radical do Islão, com limitações das liberdades das mulheres e de outros hábitos, como música, televisão ou cinema.
Desde que tomaram o poder, os chamados "Estudantes de Teologia" afastaram as mulheres do Governo e, quanto à pratica de desporto, só se cobrirem o rosto e o corpo.