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Brasil. Caixas de sabão escondiam quase cinco toneladas de cocaína com destino a Moçambique

07 out, 2021 - 07:39 • Redação com Lusa

Autoridades brasileiras falam de uma aprensão recorde no Rio de Janeiro. “Os responsáveis pela carga fizeram um trabalho muito sofisticado".

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A Polícia Federal brasileira apreendeu esta semana quase cinco toneladas de cocaína que estavam escondidas num carregamento de sabão em pó que seria embarcado num navio para Moçambique.

A operação 'Missão Redentor' resultou na maior apreensão de cocaína da história no estado do Rio de Janeiro.

“Após denúncia, foram realizadas diligências pelos polícias federais e a Missão Redentor. Com o apoio de cães farejadores, foram localizadas cerca de 4,3 toneladas de droga acondicionada em caixas de sabão em pó, no interior de um contentor”, informaram as autoridades num comunicado.

Quando já estavam a retirar a droga, os cães farejadores alertaram sobre substâncias suspeitas num outro contentor, no qual foram encontrados outros 700 quilos de cocaína também escondidos dentro de caixas de sabão em pó.

“Os responsáveis pela carga fizeram um trabalho muito sofisticado. Colocaram a cocaína dentro das caixas de sabão com peso idêntico ao declarado nos documentos de embarque pelo exportador”, disse o chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando Aduaneiro, Augusto da Rocha, em declarações à imprensa.

“Pelo custo da logística, esta é uma organização criminosa altamente estruturada, mas teve um prejuízo enorme, já que é a maior apreensão de cocaína feita na história [do estado] do Rio de Janeiro”, disse o delegado e vice-chefe da Comissão de Repressão aos Entorpecentes, Bruno Tavares.

Apesar de a polícia ainda não ter identificado os donos da carga e nem apurado se a droga foi introduzida pelos próprios exportadores ou sem o seu conhecimento, os agentes da Polícia Federal prenderam dois suspeitos que encontrados no porto.

No veículo em que estavam os dois suspeitos, as autoridades encontraram mais 270 quilos de cocaína, pelo que as autoridades acreditam que os detidos fossem os responsáveis pela introdução da droga nos contentores e que pretendiam esconder a restante carga.

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