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Marcelo critica "diálogo insuficiente" na saída do Afeganistão e pede NATO e União Europeia alinhadas

11 out, 2021 - 13:58 • Lusa

Referindo-se à relação entre a NATO e a União Europeia, o Presidente da República sustentou que "o sucesso desta aliança ao longo das últimas sete décadas pode ser medido pelo desenvolvimento económico e social dos seus povos, a consolidação dos seus sistemas democráticos".

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, criticou esta segunda-feira o "diálogo insuficiente" na saída "embaraçosa, para dizer o mínimo", do Afeganistão e apelou a que a NATO e a União Europeia alinhem posições.

Numa intervenção em inglês na 67.ª sessão da Assembleia Parlamentar da NATO, num hotel de Lisboa, o chefe de Estado afirmou que Portugal tem uma "lealdade duradoura e imutável" para com a Aliança Atlântica, da qual é membro desde a sua fundação, em 1949, "aliado nos bons e nos maus momentos".

O chefe de Estado defendeu um reforço do multilateralismo neste "tempo difícil e complexo multipolar" de "perigosas erosões de democracias", de "recuperação assimétrica de economias e sociedades" e "também de recentes abordagens internas diferentes e a queda embaraçosa, para dizer o mínimo, do Afeganistão, com diálogo insuficiente entre aliados".

Nesta conjuntura, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a NATO tem de transmitir "uma mensagem forte e clara de coesão, unidade e solidariedade", que se reflita no seu novo conceito estratégico, que deverá ser aprovado em Madrid no próximo ano.

Referindo-se à relação entre a NATO e a União Europeia, o Presidente da República sustentou que "o sucesso desta aliança ao longo das últimas sete décadas pode ser medido pelo desenvolvimento económico e social dos seus povos, a consolidação dos seus sistemas democráticos".

"Não há razão para sermos tentados a enfraquecer esta ligação transatlântica, quando o que realmente importa é reforçá-la, reinventando respostas para novos problemas comuns, não confundido arrogância com poder", afirmou, completando: "Melhorando a nossa informação e a nossa capacidade de previsão, em particular onde interviemos e por muito tempo, como o Afeganistão, realinhando posições quando alguns tentam dividir-nos e aproximando mais as instituições dos cidadãos".

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