11 out, 2021 - 10:10 • Lusa
O presidente da Assembleia Parlamentar da NATO apontou esta segunda-feira a necessidade da revisão do Conceito Estratégico da Aliança Atlântica, vincando a importância de esta não ser apenas uma aliança de segurança militar, mas também de defesa dos valores democráticos.
O norte-americano Gerald Connolly abriu esta manhã os trabalhos da reunião plenária da 67ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO, que decorre hoje em Lisboa.
“O novo Conceito Estratégico [da NATO] deve fazer no mínimo duas coisas: alinhar-se com a realidade atual e fortalecer a NATO como uma aliança de democracia”, vincou.
O presidente apontou para uma “competição com regimes autoritários que são bastante agressivos a oferecer o que eles consideram ser uma melhor solução, uma melhor alternativa” e que a NATO tem que oferecer uma “alternativa democrática”.
“Uma Assembleia Parlamentar da NATO robusta é uma parte fundamental dessa missão”, sustentou.
George Connolly apontou que a NATO tem que ser “mais do que uma aliança militar de segurança”, sendo também uma instituição que luta e advoga pelos valores democráticos.
O congressista norte-americano lembrou a invasão do capitólio dos Estados Unidos da América, ocorrido em 06 de janeiro, advertindo que “se pode acontecer lá, também pode acontecer aqui”.
O presidente da Assembleia Parlamentar da NATO referiu ainda que o Conceito Estratégico atual nem menciona a China e considera a Rússia como um parceiro "quando isso não é claramente o caso", sendo que também não menciona as alterações climáticas como fenómeno atual com impacto na Aliança.
Connolly apontou ainda para a China como uma clara potência económica e militar que pode ser vista como um "potencial parceiro" da NATO, sem esquecer a ameaça que representa.
O presidente deixou ainda agradecimentos à organização portuguesa, responsável por acolher esta 67ª sessão.
A 67.ª Assembleia Parlamentar da NATO começou na sexta-feira e termina hoje, em Lisboa. A sessão anual contou durante quatro dias com a presença de elementos do Governo português, representantes oficiais da NATO, especialistas em assuntos de defesa, legisladores dos 30 Estados-membros da NATO e representantes de países terceiros da aliança, e órgãos parlamentares.