23 out, 2021 - 21:22
A nossa capacidade em termos de pessoal e de ventiladores está quase esgotada, teremos de procurar ajuda no estrangeiro”, afirmou o ministro da Saúde da Bulgária a um canal de televisão.
Segundo Stoycho Katsarov, se a curva de infeções pelo vírus SARS-CoV-2 não diminuir no prazo de 10 a 15 dias, o país poderá enfrentar “problemas enormes” ao nível da capacidade de resposta dos serviços de saúde.
“Estão a decorrer conversações com a União Europeia (UE) para transferir doentes para outros países”, caso isso venha a ser necessário, avançou o governante, que não excluiu a possibilidade de um novo confinamento no país.
Os especialistas estimam que a vaga atual de covid-19 pode causar entre cinco mil a nove mil infeções diárias dentro de duas semanas na Bulgária, que tem uma população de cerca de 6,9 milhões de habitantes.
A Bulgária e a Roménia têm as taxas de vacinação mais baixas da UE. Apenas 24% dos búlgaros e 33% dos romenos têm a vacinação completa contra a covid-19.
Com cerca de 19 milhões de habitantes, a Roménia registou 1,5 milhões de casos positivos desde o início da pandemia, tendo sido notificadas hoje 15 mil novas infeções.
Para responder a esta evolução negativa, o Governo romeno está a reforçar as medidas de combate à epidemia, como a obrigatoriedade do uso de máscara em todo o país a partir de segunda-feira e proibição de eventos por trinta dias, como casamentos.
Nos últimos dias, os centros de vacinação romenos e búlgaros têm registado um aumento de utentes, o que poderá estar relacionado com a exigência de apresentação do certificado de imunidade para acesso a diversos locais públicos.
A covid-19 provocou pelo menos 4.926.579 mortes em todo o mundo, entre mais de 242,39 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado na sexta-feira.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.129 pessoas e foram contabilizados 1.084.534 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.