24 out, 2021 - 09:11 • Lusa
A ilha espanhola de La Palma registou, no sábado, um sismo de 4,9 de magnitude, no dia em que o vulcão voltou a sofrer um colapso no cone principal, causando grandes derrames de lava.
De acordo com o Instituto Geográfico Nacional de Espanha, o sismo foi o de maior magnitude desde a erupção do vulcão há mais de um mês, tendo sido registado às 16h34 locais em Villa de Mazo, a 38 quilómetros de profundidade e sentido pela população em toda a ilha.
La Palma tem sido todos os dias afetada com vários tremores de terra, por causa da atividade do vulcão, que neste domingo, ao 34.º dia de erupção, sofre um novo colapso no cone principal, causando significativos derrames de lava.
O presidente do arquipélago das Canárias, Ángel Víctor Torres, afirmou que "não se espera para já o fim da erupção". "Ainda temos pela frente várias semanas de emergência", disse citado pela agência Efe.
O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, esteve neste domingo novamente em La Palma para reiterar o compromisso do governo espanhol de ajudar a reconstruir o que ficar afetado pelo vulcão.
Até agora, a lava expelida pelo vulcão já cobriu 889 hectares de terreno e destruiu 2.129 edifícios.
A madrugada deste domingo foi de alta sismicidade na ilha espanhola de La Palma, com o Instituto Geográfico Nacional (IGN) local a detetar 79 tremores de terra.
O maior, de magnitude 4,1, foi registado em Fuencaliente, a 13 quilómetros de profundidade, tendo sido sentido em praticamente toda a ilha.
Dos 79 sismos contabilizados desde a meia-noite, 11 foram sentidos e 28 tiveram uma magnitude de 3 ou superior.
A diferença em relação aos dias anteriores é a profundidade de praticamente todos os sismos, intermédia, entre os 10 e os 15 quilómetros.
Apenas quatro ocorreram a profundidades maiores: 21, 28 e dois a 36 quilómetros. A maioria foi localizada em Fuencaliente e Mazo, à exceção de dois, registados em El Passo e Tazacorte.
Esta sismicidade surge na sequência do tremor de terra de sábado com 4,9 de magnitude.
Espanha
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