25 out, 2021 - 14:55 • Cristina Nascimento com Lusa
O Facebook interrompeu o direto que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, estava a fazer este domingo, através da rede social. Segundo o comunicado da empresa de Marc Zuckerberg, citado pelo jornal brasileiro "Folha de São Paulo", a interrupção ficou a dever-se a "alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas".
No vídeo retirado do Facebook e também do Instagram, o Presidente brasileiro menciona uma notícia falsa publicada no site ‘beforeitnews.com’ que diz que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que as pessoas totalmente vacinadas desenvolvem SIDA “muito mais rápido do que o previsto”.
“Relatórios oficiais do Governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados (…) quem são os totalmente vacinados? Aqueles que depois da segunda dose né (…) estão desenvolvendo síndrome da imunodeficiência adquirida (sida) muito mais rápido do que o previsto. Portanto, leiam a matéria, não vou ler aqui porque posso ter problema com a minha ‘live'”, afirmou Bolsonaro.
Jair Bolsonaro, que nega a gravidade da pandemia com recorrência e também coloca em causa a eficiências de vacinas contra a Covid-19, já afirmou que não tomará nenhuma vacina porque foi infetado pela doença.
O chefe de Estado brasileiro é alvo de nove pedidos de indiciamento num inquérito parlamentar sobre o combate à pandemia no país formulado numa comissão do Senado (câmara alta do Congresso) cujo relatório final deverá ser votado nesta semana.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 605.644 vítimas mortais e mais de 21,7 milhões de casos confirmados de Covid-19.