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COP26. Rússia pede que não haja discriminação no acesso a tecnologia e financiamento

09 nov, 2021 - 20:16 • Lusa

Vice-PM russo sublinha que não deve ser vetado aos países o acesso a ferramentas tecnológicas e financeiras que facilitem o desenvolvimento de novas infraestruturas sustentáveis.

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O vice-primeiro ministro russo, Alexey Overchuk, pediu, esta terça-feira, na cimeira mundial do clima (COP26), que “não haja discriminação” no acesso dos países a tecnologia e financiamento para uma energia limpa.

“Não devia haver discriminação nem restrições que impeçam aos países o acesso e uso de ferramentas tecnológicas e financeiras que facilitem o desenvolvimento de novas infraestruturas sustentáveis”, afirmou o responsável, em representação da Rússia, no início de um segundo segmento de alto nível da cimeira.

Alexey Overchuk disse que se “alguém obstaculiza” o acesso a futuras tecnologias limpas e fundos de financiamento todos saberão “de quem é a culpa de que não se alcancem os objetivos climáticos”.

Nas palavras do responsável, o sucesso da luta contra o aquecimento global “depende da disponibilidade de novas tecnologias e fundos para financiar a transição”, já que “o génio humano sempre conseguiu encontrar soluções para os problemas mais complexos”.

Entre esta terça-feira e quarta, discursam na cimeira os ministros dos países cujos líderes não estiveram presentes na inauguração da COP26, na semana passada.

A ausência do Presidente russo, Vladimir Putin, na cimeira dos líderes mundiais na COP26 na semana passada, foi uma das mais criticadas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, em conjunto com a de Xi Jinping, da China.

Também esta terça-feira, na conferência de Glasgow, o grupo dos 77 países e a China (G77+China), que dá voz a grande parte dos países em desenvolvimento do planeta, exigiu que as nações mais ricas aumentem a sua ambição climática e as ajudas para combater as consequências do aquecimento global.

A resposta à emergência climática é uma responsabilidade partilhada, mas cada país deve modular as suas contribuições em função de “circunstancias nacionais” e segundo um princípio de “justiça e equidade”, disse Ahmadou Sebory, enviado da Guiné Conacri e presidente rotativo do grupo.

Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.

A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.

Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.

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