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Comportamento "eventualmente ilegal". Biden quer investigar subida de preços da energia

17 nov, 2021 - 22:44 • Lusa

A Casa Branca está a enfrentar um descontentamento crescente por parte dos cidadãos devido à inflação, em particular, o aumento dos preços da energia.

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O presidente dos EUA, Joe Biden, solicitou esta quarta-feira à autoridade da concorrência que analise "imediatamente" o comportamento "eventualmente ilegal" das empresas petrolíferas, cujos preços de venda nas 'bombas' sobem "enquanto os seus custos descem".

Em carta dirigida à presidente da Comissão do Comércio Federal (FTC, na sigla em Inglês), a Casa Branca solicita-lhe que "dê a sua atenção aos sinais cada vez mais evidentes de comportamentos prejudiciais para os consumidores da parte das empresas de petróleo e gás".

Biden salientou, na missiva, que "a FTC tem autoridades para examinar se houve atuações ilegais nas 'bombas' que afetam os orçamentos das famílias" e acrescentou: "Penso que devem investigar imediatamente".

A Casa Branca está a enfrentar um descontentamento crescente por parte dos cidadãos devido à inflação, em particular ao aumento dos preços da energia.

Biden realçou que, apesar dos preços dos combustíveis terem continuado a subir, "os custos das refinarias e dos industriais do petróleo baixaram", o que se traduziu, prosseguiu, no aumento dos lucros destas empresas.

"Não aceito que os americanos que trabalham duramente paguem mais caro pelo combustível por causa de comportamentos que infringem as regras da concorrência ou que são mesmo ilegais", acrescentou na sua carta.

"Peço, portanto, à Comissão que examine o que se passa nos mercados do petróleo e do gás", disse.

O preço do galão (3,78 litros) de gasolina na 'bomba' subiu mais de um dólar desde há um ano, para atingir uma média nacional de 3,41 dólares, segundo a Associação Automobilística Americana (AAA), o que dá 90 cêntimos por litro.

No Estado da Califórnia foi mesmo registado um valor de 4,69 dólares, inédito nos últimos 20 anos.

A subida dos preços nos EUA está a tornar-se um problema para o governo. Em outubro a inflação mensal foi de 0,9% e a média anual de 6,2%, o que não se via desde 1990.

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