22 nov, 2021 - 08:22 • Filipe d'Avillez
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Vários países europeus assistiram a protestos contra a nova vaga de restrições que se fazem sentir um pouco por todo o continente, mas sobretudo nos países da Europa central.
As manifestações mais violentas foram na Holanda, onde a polícia fez mais de uma centena de detenções e pelo menos quatro pessoas ficaram feridas nos incidentes que foram marcados por atos de vandalismo e pilhagem por parte de alguns manifestantes.
As manifestações nos Países Baixos aconteceram em várias cidades, desde Enschede, Groningen, Leeuwarden, Tilburg, Haia e Roterdão e começaram na sexta-feira, depois de ter sido anunciado o confinamento parcial para evitar a propagação da Covid-19.
Em Bruxelas, na Bélgica, também há registo de dezenas de detenções num protesto que juntou 35 mil pessoas. Pelo menos um manifestante ficou ferido, bem como três polícias, um dos quais teve de ser operado.
Os protestos na Bélgica seguem-se à determinação do Governo de tornar obrigatório o teletrabalho, sempre que possível, pelo menos quatro dias por semana e o uso de máscara por todos os cidadãos acima dos 10 anos. As autoridades determinaram ainda a obrigatoriedade da toma da vacina contra a Covid-19 por parte dos profissionais de saúde.
A Áustria, que tem adotado algumas das medidas mais radicais para tentar prevenir a propagação do vírus, também assistiu a protestos de dezenas de milhares de pessoas. Cerca de 40 mil pessoas encheram as ruas de Viena para se manifestar contra as novas medidas de confinamento e contra o facto de o Governo pretender tornar a vacina obrigatória a partir de fevereiro de 2022.
Ainda assim não se registou violência em larga escala, apesar de as autoridades terem recorrido ao uso de gás pimenta numa situação.
Em Zagreb, capital da Croácia, cerca de 15 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra o facto de ser agora proibido entrar em edifícios públicos sem o certificado de vacinação.
Os protestos em Itália tiveram menor dimensão, com apenas alguns milhares a manifestar-se contra o “Green Pass”, como é conhecido o certificado de vacinação que passou a ser obrigatório para se poder trabalhar, entrar em locais públicos ou andar em transportes.