02 dez, 2021 - 22:39 • Lusa
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O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, reafirmou esta quinta-feira que o seu Governo não pretende implementar o chamado "passaporte sanitário" no país para certificar pessoas vacinadas contra a Covid-19.
"A liberdade vem antes de tudo" e cada cidadão pode decidir se quer imunizar-se ou não, segundo o Presidente brasileiro.
A adoção do chamado "passaporte sanitário" tem sido defendida nos últimos dias por diversos setores da sociedade brasileira, principalmente depois de os primeiros casos da variante Ómicron do vírus SARS-Cov-2, causador da Covid-19, terem sido confirmados no país.
Os três primeiros casos foram detetados na cidade de São Paulo, e outros dois foram confirmados esta quinta-feira em Brasília, enquanto se analisam outras infeções de passageiros que também voltaram do continente africano.
Numa cerimónia realizada no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que a sociedade deve entender que "o vírus será para sempre" e que "as vacinas, algumas ainda experimentais, outras não, têm muitas incógnitas pela frente".
O dirigente citou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e alertou que "quem está totalmente vacinado pode se contaminar e transmitir o vírus e também pode morrer", para justificar sua decisão de não impor a imunização obrigatória.
Bolsonaro, que se recusa a tomar a vacina e despreza seus efeitos desde o início da pandemia, reiterou que a liberdade dos cidadãos está acima de tudo.
"Não vamos fazer da vacina um burro de carga para interesses políticos", exortou o Presidente brasileiro, frisando que ninguém pode "ser ameaçado de perder direitos ou ser demitido por não se vacinar, porque a liberdade não tem preço."
Embora a pandemia venha perdendo espaço com o avanço do processo de vacinação, o Brasil continua sendo um dos países mais afetados pelo novo coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com cerca de 615 mil mortes e 22 milhões de infeções.