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Militares de Myanmar atropelam manifestantes, pelo menos três feridos

05 dez, 2021 - 17:20 • Lusa

Desde o golpe de Estado militar de 1 de fevereiro mais de 1.300 manifestantes foram mortos pelas autoridades durante protestos no país, de acordo com a Associação de Apoio a Presos Políticos.

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Militares avançaram com uma viatura sobre manifestantes pró-democracia este domingo, em Rangum, Myanmar, e pelo menos três pessoas ficaram feridas, disseram testemunhas que estavam no local, citadas pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A agência Associated Press fala em três pessoas mortas, na sequência do atropelamento, citando uma testemunha, da organização da manifestação.

Uma junta militar tomou o poder em Myanmar (antiga Birmânia) em fevereiro deste ano e, desde então, tem havido manifestações regulares no país de oposição ao novo regime, que são sistematicamente reprimidas.

Durante a manhã deste domingo um grupo juntou-se numa rua comercial da cidade de Rangum, exibindo uma faixa com a frase "libertem-se do medo", enquanto gritava "entreguem o poder ao povo", segundo as testemunhas.

Uma viatura de grandes dimensões avançou sobre os manifestantes.

"Aceleraram quando se aproximaram dos manifestantes e avançaram de encontro a eles", disse uma testemunha à AFP, que pediu anonimato.

Segundo o mesmo relato, os militares saíram a seguir da viatura "e começaram a disparar".

Uma outra testemunha disse, também à AFP, ter visto um homem coberto de sangue, num estado aparentemente grave, que com outros dois feridos, um deles jornalista local que fazia a cobertura da manifestação, e foram levados numa ambulância.

A televisão pública, MRTV, noticiou que as forças de segurança "agiram" contra manifestantes, sem mencionar a utilização de uma viatura para atropelar quem estava no protesto.

A MRTV confirmou que três pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave, e que 11 foram detidas "por se terem manifestado sem pedir autorização".

Desde o golpe de Estado militar de 1 de fevereiro mais de 1.300 manifestantes foram mortos pelas autoridades durante protestos no país, de acordo com a Associação de Apoio a Presos Políticos.

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