17 dez, 2021 - 05:25 • Lusa
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reconheceu o "ritmo feroz" de propagação da variante Ómicron do SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, mas vincou que a União Europeia está "melhor que há um ano".
Falando em conferência de imprensa, em Bruxelas, a líder do executivo comunitário afirmou: "Mesmo quando lutamos ainda contra a [estirpe] Delta, sabemos que a variante Ómicron está realmente a ameaçar-nos, está a espalhar-se a um ritmo feroz e tem potencialmente o risco de escapar às nossas vacinas. [Além disso], pelo menos parcialmente, sabemos que os nossos sistemas de saúde estão sobrecarregados neste momento e isto está em parte ligado ao grande número de pacientes não vacinados”.
Em declarações prestadas após um Conselho Europeu - que durou mais de 14 horas - dominado em parte pela degradação da situação epidemiológica da Covid-19, e numa altura de elevados contágios, a responsável vincou que "a resposta só pode ser aumentar a vacinação, nomeadamente para incluir crianças com mais de cinco anos de idade, e adotar medidas de proteção".
Ainda assim, "também há esperança", destacou Ursula von der Leyen, sublinhando que a UE está hoje "numa posição muito melhor do que no ano passado", nomeadamente por mais de 67% da população total ter já o esquema de vacinação completo, quando há um ano as vacinas ainda estavam a chegar ao espaço comunitário.
Além disso, também a capacidade de produção aumentou, acrescentou a responsável, precisando ser agora possível "produzir 300 milhões de doses de vacinas por mês na UE".
A resposta da UE à pandemia voltou hoje a ser um dos assuntos dominantes da cimeira de chefes de Estado e de Governo dos 27, quando muitos Estados-membros voltaram a impor restrições para conter a propagação do vírus e que a nova variante Ómicron já foi detetada em vários países europeus, incluindo Portugal.
Falando sobre a necessária adaptação das vacinas para combater as variantes mais contagiosas, Ursula von der Leyen anunciou que os Estados-membros concordaram "desencadear uma primeira parcela de mais de 180 milhões de doses extra de vacinas adaptadas naquele que é o terceiro contrato com a BioNTech/Pfizer".
O objetivo é, desde logo, que todas as farmacêuticas com as quais a UE tem contratos assinados desenvolvam estas vacinas adaptadas "no prazo de 100 dias", prazo após o qual o regulador europeu -- a Agência Europeia de Medicamentos -- "utilizará o procedimento mais simplificado possível para avaliar qualquer desenvolvimento", referiu.