28 dez, 2021 - 08:33 • Olímpia Mairos
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já tem uma definição médica oficial para a conhecida Covid longa, ou persistente, a doença de quem sofre sequelas depois da cura da infeção pelo novo coronavírus.
De acordo com o jornal El País, o consenso foi alcançado por grupo de investigadores e profissionais de saúde espanhóis.
O facto de se alcançar um nome e uma definição é relevante porque facilita o acelerar de diagnósticos, bem como, as situações de baixa por doença.
“É importante para a cobertura de seguros ou para licença médica”, afirma Joan Soriano, epidemiologista do Serviço de Pneumologia do Hospital Universitário de La Princesa, em Madrid.
A Covid-19 persistente ocorre em indivíduos infetados pelo novo coronavírus, cujos sintomas se estendem por, pelo menos, dois meses e não podem ser explicados por um diagnóstico alternativo.
Segundo Joan Soriano, existem “já mais de 200 sintomas diferentes” não sendo de descartar “que novos venham a surgir”.
Na definição da doença, os investigadores, mencionam os sintomas mais comuns que incluem, entre outros, fadiga, falta de ar e disfunção cognitiva.
O texto também afirma que os sintomas podem ser diferentes após a recuperação inicial de um episódio agudo de Covid ou persistir a partir da doença inicial. Ou seja, podem ser sequelas ou sintomas em si mesmos, uma distinção que o coronavírus tem complicado.
A definição oficial não inclui casos de Covid persistente em crianças. O epidemiologista Joan Soriano reconhece que também existem casos, embora raros, mas entende "que uma criança não poder ir à escola ou brincar é de outra categoria, muito diferente, da Covid persistente dos adultos”.