28 dez, 2021 - 04:13 • Lusa
Washington e Moscovo vão reunir-se em 10 de janeiro para debater as questões da Ucrânia e de controlo do armamento nuclear, disse um porta-voz da Casa Branca para os assuntos de segurança.
"Os Estados Unidos têm pressa em iniciar um diálogo com a Rússia", afirmou, esta segunda-feira, um porta-voz do Conselho de Segurança norte-americano, citado pela agência de notícias France-Presse.
Uma reunião entre a Rússia e a NATO poderá realizar-se em seguida, em 12 de janeiro, seguida no dia 13 por um encontro entre Moscovo e a Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE), da qual fazem parte os Estados Unidos, acrescentou.
"Quando nos sentarmos para falar, a Rússia poderá colocar as suas preocupações sobre a mesa e nós as nossas, nomeadamente as atividades da Rússia", disse.
As negociações bilaterais de 10 de janeiro vão decorrer no âmbito do diálogo estratégico de segurança lançado pelos Presidentes norte-americano, Joe Biden, e russo, Vladimir Putin, na cimeira de Genebra, em junho.
Se bem que este diálogo se destine principalmente à renegociação dos tratados de controlo do armamento nuclear do pós-Guerra Fria, as negociações vão também incluir a situação na fronteira russo-ucraniana, onde Moscovo destacou dezenas de milhares de soldados, indicou um responsável da administração norte-americana, que também pediu para não ser identificado.
As reuniões com a NATO e a OSCE vão concentrar-se na questão da Ucrânia.
Há mais de um mês que os países ocidentais acusam Moscovo de ter concentrado importantes forças na fronteira ucraniana, e alegam que têm em vista uma possível intervenção contra Kiev.
Moscovo negou qualquer intenção bélica e afirmou sentir-se ameaçado "pelas provocações" de Kiev e da NATO, e exigiu que a Aliança Atlântica se comprometa a não estender a presença no espaço da antiga União Soviética.