29 dez, 2021 - 17:52 • Lusa
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu hoje a mobilização de governos, farmacêuticas e sociedade para que 70% da população de todos os países esteja vacinada contra a covid-19 em meados de 2022.
O pedido foi feito pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na habitual videoconferência de imprensa da OMS sobre a evolução da pandemia da covid-19.
"Quero que governos, indústria e sociedade civil trabalhem connosco numa campanha que visa 70% de cobertura de vacinas em todos os países até o início de julho", afirmou, depois de lamentar que não tenha sido atingida a primeira meta - a de 40% da população de todos os países estar vacinada até ao fim de 2021.
Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, 92 países - de um total de 194 - não alcançaram esta meta.
"Não é apenas uma vergonha moral, custou vidas e deu ao vírus a oportunidade de circular e sofrer mutações", disse, assinalando que "este é o momento de superar nacionalismos de curto prazo e proteger as populações e economias contra as variantes futuras, acabando com a desigualdade global das vacinas".
De acordo com o dirigente da OMS, "a chave" do fim da pandemia está no fim da desigualdade na distribuição e administração de vacinas.
A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado há dois anos na China, e que se disseminou rapidamente e já provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.921 pessoas e foram contabilizados 1.330.158 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.