17 jan, 2022 - 09:25 • Olímpia Mairos
A taxa de natalidade na China, o país com a maior população mundial, caiu para um mínimo no ano passado. Situa-se atualmente nos 7,52 nascimentos por cada mil pessoas, abaixo dos 8,52 em 2020.
De acordo com dados divulgados pela agência chinesa de estatísticas, os números são os mais baixos desde que a China Comunista foi fundada, em 1949.
A população chinesa viveu décadas de políticas intervencionistas em termos de planeamento familiar, com uma política de apenas um filho, implementada em 1980 e mantida até 2015.
Em 2016, a China passou a permitir dois filhos por casal, mas acabou por subir o limite para três, em 2021, depois de o último censo demográfico ter revelado uma forte desaceleração no crescimento populacional.
No entanto, os casais permanecem reticentes em ter mais filhos, face aos elevados custos de vida e discriminação das empresas contra as mães.
Os dados oficiais mostram que em 2021, o país registou 10,62 milhões de nascimentos e a taxa de crescimento populacional natural caiu para 0,34 por 1.000 pessoas.
Uma mudança demográfica que pode criar obstáculos à segunda maior economia do mundo, ao prejudicar a produtividade e sobrecarregar o sistema de pensões.
Prevê-se que o país tenha 300 milhões de pessoas com 60 anos ou mais em 2025.
Opinião de Graça Franco
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