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Covid-19. ECDC pede mudança de estratégia com gripe incluída

24 jan, 2022 - 16:00 • Marta Grosso

Centro Europeu para o Controlo de Doenças recomenda aos Estados-membros que passem dos mecanismos de vigilância de emergência para outros mais sustentáveis e que relatem apenas os casos sintomáticos.

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Mudar de estratégia e incluir a Covid-19 no grupo das outras doenças respiratórias é a recomendação do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), um organismo da União Europeia que tem como missão identificar as ameaças para a saúde humana decorrentes de doenças como a gripe aviária, a SARS, a SIDA e a Covid-19.

“O ECDC emitiu a orientação de vigilância da Covid-19 – Transição da vigilância de emergência para a vigilância de rotina de patógenos respiratórios em 18 de outubro de 2021, na qual incentiva os países a fazer a transição da vigilância de emergência para sistemas de vigilância mais sustentáveis e orientados por objetivos”, afirma o organismo à Renascença.

“Essa vigilância deve integrar a vigilância da Covid-19 com a vigilância da gripe e outros patógenos respiratórios”, acrescenta, sublinhando que “os atuais sistemas de vigilância da gripe não são suficientemente sensíveis e representativos para permitir a vigilância conjunta da Covid-19”.

Os países devem, portanto, “considerar expandir a cobertura de provedores sentinela para melhorar a sensibilidade e a recolha de amostras suficientes para caracterização adicional”, refere o ECDC na orientação emitida.

Se a recomendação for adotada por Portugal, poderá significar o fim dos boletins de situação diários da Direção-Geral da Saúde (DGS) para passar a haver uma atualização semanal.

Diz o organismo europeu que muitos Estados-membro da União Europeia já têm “sistemas abrangentes de vigilância para Covid-19”, mas com políticas divergentes, o que afeta “a comparabilidade dos dados ao nível da UE/EEE”.

É nesse sentido que surge a orientação de outubro, que lança pontos-chave para a homogeneização de critérios.

Apenas casos sintomáticos

Entre os critérios consta a importância de relatar apenas os doentes com sintomas da doença, “pois isso melhorará a comparabilidade”.

No caso de não ser possível fazer um teste abrangente a todos os que apresentam sintomas, deve ser considerado “um subconjunto representativo de casos sintomáticos” a ser testado, “preferencialmente por PCR”.

Desse subgrupo devem ser recolhidas as amostras positivas para SARS-CoV-2 para se fazer a sequenciação genómica.

O ECDC aconselha ainda à monitorização da eficácia da vacina através de “estudos ‘ad hoc’, possivelmente incorporados nos sistemas de vigilância”.

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