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Ucrânia. Estados Unidos não enviaram tropas "para iniciar guerra"

06 fev, 2022 - 16:51 • Lusa

Os serviços de informação dos Estados Unidos estimam que Moscovo já tem 70% dos recursos necessários para uma invasão em larga escala da Ucrânia e pode ter capacidade suficiente, ou 150.000 homens, para lançar uma ofensiva em duas semanas.

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Os Estados Unidos, que enviaram 3.000 soldados para a Europa, não o fizeram "para iniciar uma guerra" contra a Rússia na Ucrânia, disse este domingo o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

"O Presidente (Joe Biden) vem dizendo há vários meses que os Estados Unidos não estão a enviar tropas para iniciar uma guerra ou travar uma guerra contra a Rússia na Ucrânia", disse Sullivan à Fox TV, sublinhando que as tropas estão a ser enviadas “para defender o território da NATO”.

Jake Sullivan também estimou na NBC que "uma escalada militar e uma invasão da Ucrânia poderá vir a acontecer".

"Acreditamos que os russos desenvolveram capacidades para lançar uma grande operação militar na Ucrânia e estamos a trabalhar duro para preparar uma resposta", disse.

“O Presidente Biden reuniu os nossos aliados, reforçou e tranquilizou os nossos parceiros no flanco leste, forneceu apoio material aos ucranianos, ofereceu aos russos um caminho diplomático” para sair da crise, frisou o responsável.

Por seu turno, a presidência ucraniana considerou hoje que a possibilidade de encontrar uma "solução diplomática" para a crise com a Rússia é "consideravelmente maior" do que as de uma "escalada" militar.

Os serviços de informação dos Estados Unidos estimam que Moscovo já tem 70% dos recursos necessários para uma invasão em larga escala da Ucrânia e pode ter capacidade suficiente, ou 150.000 homens, para lançar uma ofensiva em duas semanas.

Os serviços de informação, no entanto, não estabeleceram se o presidente russo Vladimir Putin tomou a decisão de partir para a ofensiva ou não, mas avançaram que este quer ter todas as opções possíveis, desde a invasão parcial do enclave separatista de Donbass à invasão total.

A Rússia tem em curso diversos exercícios militares em várias regiões, incluindo a 150 milhas (cerca de 240 quilómetros) a sudoeste da Irlanda, um país com um acordo de parceria com a NATO.

Estes exercícios realizam-se num momento de elevada tensão entre os países ocidentais e a Rússia devido à presença de dezenas de milhares de tropas russas perto das fronteiras da Ucrânia.

O Ocidente acusa a Rússia de pretender invadir de novo a Ucrânia, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia, em 2014, mas Moscovo nega qualquer intenção bélica, dizendo que só quer garantir sua segurança.

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