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Previsão do Pentágono. Invasão à Ucrânia causaria mais de 50 mil baixas e cinco milhões de refugiados

07 fev, 2022 - 06:50 • Lusa

Divulgação deste relatório coincide com um momento em que aumenta a concentração das tropas russas na fronteira ucraniana e na vizinha Bielorrússia.

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Uma potencial invasão total da Ucrânia por tropas russas causaria mais de 50 mil baixas e quase cinco milhões de refugiados, segundo uma avaliação do Pentágono e dos serviços secretos norte-americanos.

De acordo com este cenário, revelado pelo jornal The Washington Post, uma invasão russa tomaria a capital ucraniana, Kiev, em dois dias, e resultaria em 50 mil baixas, incluindo mortos e feridos.

Além disso, gerava uma crise de cinco milhões de refugiados a procurarem abrigo sobretudo nos países vizinhos, a maioria dos quais na Polónia.

O jornal disse que este cenário foi explicado em reuniões, que ocorreram na semana passada em Washington, com legisladores, altos responsáveis militares e dos serviços secretos.

A divulgação destes relatórios coincide com um momento em que aumenta a concentração das tropas russas na fronteira ucraniana e na vizinha Bielorrússia.

O documento especifica que existem 83 batalhões russos, com aproximadamente 750 militares cada, preparados para um possível ataque, mais pessoal de apoio logístico, médico e aéreo.

Na semana passada o Pentágono advertiu publicamente que Moscovo poderia inventar um pretexto para atacar a Ucrânia.

O porta-voz do Departamento de Defesa, John Kirby, disse numa conferência de imprensa, que a Rússia "poderia produzir um vídeo de propaganda gráfica, com cadáveres e atores, fingindo ser vítimas, com imagens de áreas destruídas, assim como equipamento militar em mãos ucranianas ou ocidentais".

As armas, acrescentou, poderão ser retratadas de tal forma que parecem ter sido fornecidas pelo Ocidente à Ucrânia.

As tensões aumentaram no último mês com a mobilização de mais de 100.000 tropas russas na fronteira ucraniana, o que levou os EUA e a Rússia a envolverem-se numa batalha de propaganda.

Moscovo repetiu em várias ocasiões que não quer uma guerra com Kiev e que não ameaça a Ucrânia, enquanto Washington tem vindo a alertar há dias para um ataque iminente.

Os Estados Unidos, que enviaram 3.000 soldados para a Europa, não mandaram essas tropas "para iniciar uma guerra" contra a Rússia na Ucrânia, disse hoje o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

O Ocidente acusa a Rússia de pretender invadir de novo a Ucrânia, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia, em 2014, mas Moscovo nega qualquer intenção bélica, dizendo que só quer garantir sua segurança.


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