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Ucrânia. Biden diz que "Nord Stream 2" fica em causa perante invasão

08 fev, 2022 - 04:34 • Lusa

Posição expressa pelo Presidente norte-americano, em conferência conjunta com o chanceler alemão. Por seu lado, Olaf Scholz não se comprometeu quanto a uma eventual suspensão de licenças para o gasoduto de gás natural entre a Rússia e a Alemanha.

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O presidente dos EUA, Joe Biden, garantiu esta segunda-feira que o gasoduto "Nord Stream 2" ficará em causa se a Rússia invadir a Ucrânia, enquanto a Alemanha escusou-se a revelar se vai suspender as licenças.

“Se a Rússia invadir [a Ucrânia], e isso significa tanques e tropas a cruzar a fronteira com a Ucrânia, não haverá mais Nord Stream 2. Acabamos com isso”, afirmou Joe Biden, numa conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, na Casa Branca.

Por sua vez, Scholz escusou-se a garantir se está disposto a suspender as licenças para o gasoduto, caso a Rússia invada a Ucrânia.

“Estamos a trabalhar em conjunto. Estamos absolutamente unidos não vamos dar passos diferentes”, sublinhou Olaf Scholz.

Os dois governantes adiantaram ainda que foi acordado um pacote de “fortes sanções” a impor à Rússia em caso de invasão.

Joe Biden vincou também que a relação com a Alemanha não enfraqueceu e que “não restam dúvidas quanto à aliança” bilateral.

O presidente norte-americano já tinha afirmado que os EUA e a Alemanha estão a trabalhar “em sintonia” perante a “agressão” da Rússia na Europa.

A primeira reunião na Sala Oval da Casa Branca entre Biden e Scholz acontece num momento em que também alguns parceiros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) têm criticado a posição de Berlim, que se tem recusado a estabelecer um limite claro sobre as possíveis ações de Moscovo na Ucrânia.

A Ucrânia e os seus aliados ocidentais acusam a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas na fronteira ucraniana para invadir novamente o país, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia em 2014.

A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança, incluindo garantias de que a Ucrânia nunca fará parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

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