09 fev, 2022 - 08:39 • Olímpia Mairos , com Reuters
O Banco Central Europeu (BCE) está a alertar os bancos para um possível ataque cibernético patrocinado pela Rússia à medida que as tensões com a Ucrânia aumentam.
O impasse na fronteira abalou os líderes políticos e empresariais europeus, que temem uma invasão que traria consequências a toda a região. A eventual imposição de novas sanções contra a Rússia, podem aumentar os riscos para algumas das maiores instituições internacionais com grande exposição a ativos russos.
Uma fonte disse à agência Reuters que estão a ser realizados “jogos de guerra” para testar a capacidade de defesa dos bancos europeus.
Entre os bancos internacionais encontra-se o norte-americano Citi, o francês Société Générale, o austríaco Raiffeisen e o italiano UniCredit.
No início desta semana, o presidente francês Emmanuel Macron deslocou-se de Moscovo para Kiev numa tentativa de atuar como mediador depois que a Rússia ter reunido tropas perto da Ucrânia.
Ucrânia
Vladimir Putin assegurou ter "a mesma preocupação (...)
Agora, o Banco Central Europeu, liderado pela ex-ministra francesa Christine Lagarde e que tem supervisão dos maiores credores da Europa, está em alerta para a ameaça de ataques cibernéticos contra bancos lançados a partir da Rússia.
Já em finais de janeiro, o Departamento de Serviços Financeiros de Nova York tinha emitido um alerta às instituições financeiras, alertando para ataques cibernéticos retaliatórios caso a Rússia invada a Ucrânia e desencadeie sanções dos EUA.
O Centro Nacional de Segurança Cibernética da Grã-Bretanha alertou mesmo as grandes organizações a reforçarem a sua resiliência em termos de segurança cibernética.
Na terça-feira, Mark Branson, chefe do supervisor alemão BaFin, disse em conferência, realizada online, que a guerra cibernética estava interconectada com geopolítica e segurança.
A Casa Branca também culpou a Rússia pelo devastador ataque cibernético 'NotPetya' em 2017, quando um vírus danificou partes da infraestrutura da Ucrânia, derrubando milhares de computadores em dezenas de países.
A vulnerabilidade foi sublinhada novamente o ano passado, quando uma das maiores campanhas de hackers do mundo usou uma empresa de tecnologia dos EUA como trampolim para comprometer uma série de agências do governo dos EUA, um ataque em que a Casa Branca culpou os serviços de inteligência estrangeiros da Rússia.
O ataque violou o software feito pela SolarWinds Corp, dando aos hackers acesso a milhares de empresas que usam seus produtos, atravessando a Europa.
Divulgação deste relatório coincide com um momento(...)