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Covid-19. Caravana de milhares de carros de opositores da vacina dirigem-se a Paris

11 fev, 2022 - 20:23 • Redação

A ideia é seguir depois para Bruxelas para criar um movimento europeu de rejeição das restrições de combate à pandemia.

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Filas e filas de viaturas com proveniência de diversas cidades francesas e compostas por milhares opositores das vacinas da Covid-19 convergiram esta sexta-feira, para Paris. Isto apesar da proibição decretada quinta-feira pela Prefeitura de Polícia de Paris (PP).

Esta proibição foi confirmada na sexta-feira pelo tribunal administrativo de Paris.

Desde a manhã, várias dezenas de carros, caravanas e carrinhas saíram de cidades como Lille, Estrasburgo ou Vimy (Pas-de-Calais).

A polícia estimou à tarde que sejam cerca de 3.300 veículos. Um dos promotores do evento falou à Agence France-Presse (AFP) de uma ação “de uma escala fenomenal”, sem no entanto dar um número.

Em entrevista ao Ouest-France publicada na tarde de sexta-feira, Emmanuel Macron pediu "calma".

“Estamos todos coletivamente cansados” após dois anos de pandemia, reconheceu o chefe de Estado.

“Às vezes, essa fadiga também se traduz em raiva. Eu ouço e respeito. Mas peço a maior calma”, disse ele, acrescentando: “Precisamos de harmonia e muita boa vontade coletiva”.

“Há pessoas de todas as esferas da vida social, não apenas fascistas. Somos cidadãos, temos famílias, trabalhamos, apenas estamos unidos contra o governo”, resumiu, de Vimy, Sarah, tatuadora de 40 anos que veio de Lens, citada pelo Le Monde Diplomatique.

Os manifestantes exigem a retirada do certificado de vacinação e reclamam contra a perda de ao poder de compra ou ao custo da energia.

Recusando qualquer desejo de bloquear a capital, os participantes esperam encontrar-se em Paris esta noite.

“É importante não incomodar os outros cidadãos e manter a população do nosso lado, como no Canadá”, lançou Robin, de um estacionamento em Illkirch-Graffenstaden, nos subúrbios de Estrasburgo.

Os manifestantes pretendem depois chegar a Bruxelas para uma “convergência europeia” marcada para 14 de fevereiro. No entanto, as autoridades belgas decidiram negar-lhes o acesso à capital, porque não apresentaram formalmente um pedido de manifestação.

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