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Ucrânia

NATO insiste no "risco real" de uma nova guerra na Europa

11 fev, 2022 - 14:05

O político norueguês disse que há o risco de uma invasão da Ucrânia em grande escala, mas também de outro tipo de ações, como "tentativas de derrubar o Governo em Kiev, ciberataques e outras formas de agressão russa".

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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, advertiu esta sexta-feira que há um "risco real de um novo conflito armado" na Europa por causa da Rússia, durante uma visita a uma base militar na Roménia.

Stoltenberg repetiu apelos para que a Rússia desanuvie a tensão criada com a presença das suas tropas na fronteira com a Ucrânia, mas alertou de novo para a possibilidade de um conflito armado.

"O número de tropas russas está a aumentar enquanto os tempos de aviso diminuem", disse Stoltenberg, citado pela agência France-Presse (AFP).

O político norueguês disse que há o risco de uma invasão da Ucrânia em grande escala, mas também de outro tipo de ações, como "tentativas de derrubar o Governo em Kiev, ciberataques e outras formas de agressão russa".

"Temos visto a retórica ameaçadora do lado russo e sabemos que há numerosos agentes de inteligência russos a operar dentro da Ucrânia", disse Stoltenberg, segundo a agência espanhola EFE.

Estes fatores, associados a experiências passadas em que a "Rússia utilizou a força contra a Ucrânia" e outros países vizinhos, levam a NATO a acreditar que a possibilidade de uma guerra iminente é agora uma realidade.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) falava na base militar Mihail Kogalniceanu, no sudeste da Roménia, perto do Mar Negro, numa conferência de imprensa com o Presidente romeno, Klaus Iohannis.

"Estamos a atravessar a crise mais grave desde a queda da Cortina de Ferro", disse, por sua vez, Iohannis, denunciando a "estratégia de intimidação" da Rússia.

O Ocidente acusa a Rússia de ter reunido dezenas de milhares de tropas junto à fronteira da Ucrânia para invadir novamente o país, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia em 2014, e de apoiar, desde então, uma guerra separatista no Donbass (leste ucraniano).

A Rússia nega essa intenção, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança, incluindo garantias de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO.

Referindo-se à preocupação da NATO com a "concentração de tropas e a retórica ameaçadora da Rússia", Stoltenberg disse que os aliados estão unidos e determinados a reagir.

"É por isso que a presença das tropas da NATO na Roménia é tão importante", disse.

A visita de Stoltenberg e Iohannis assinalou o início da chegada àquela base romena de 1.000 soldados norte-americanos provenientes da Alemanha para reforçar as capacidades de defesa no flanco oriental da NATO.

Stoltenberg também saudou os soldados alemães e italianos que operam aviões na base, localizada perto do Mar Negro, cerca de 500 quilómetros a oeste da península da Crimeia.

Saudou igualmente a disponibilidade da França para liderar um grupo de combate que a NATO planeia destacar para a Roménia, país que faz fronteira com a Ucrânia.

Stoltenberg também confirmou a chegada, à Bulgária, de aviões de caça espanhóis para reforçar a missão de policiamento aéreo no país dos Balcãs, que aderiu à NATO juntamente com a Roménia em 2004.

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