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Ucrânia. Presidente defende solução diplomática, mas não se verga à Rússia

13 fev, 2022 - 13:31 • Lusa

Zelenski garante que o país está preparado para todos os cenários e pede que sejam impostas sanções preventivas à Rússia, para evitar "intenções agressivas".

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O Presidente da Ucrânia, Volodímir Zelenski, assegurou neste domingo ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ser a favor duma solução diplomática para a crise ucraniana, mas que o país não se vergará às provocações da Rússia.

"Somos a favor duma solução política e diplomática para o conflito", disse Zelensky durante uma conversa telefónica com Charles Michel, lê-se num comunicado do gabinete da presidência, citado pela agência Efe.

Zelenski reiterou que Kiev (capital ucraniana), entende "todos os riscos" perante a ameaça de um ataque devido ao destacamento de mais de 100 mil soldados russos na fronteira com a Ucrânia e diz que o país "está preparado para qualquer cenário".


O Presidente Zelenski recordou, todavia, que a Ucrânia vive neste estado desde 2014, quando a Rússia anexou a península da Crimeia e o conflito armado começou no Leste do país entre separatistas pró-Rússia apoiados por Moscovo e o exército ucraniano.

Zelensky acrescentou que atualmente "o pior inimigo é o pânico". que pode ser gerado por alertas do Ocidente, especialmente dos EUA, sobre um ataque russo iminente, ainda na próxima semana.

O Presidente ucraniano e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, discutiram as medidas que estão a ser tomadas para promover a desescalada e alcançar a paz em Donbas dentro dos formatos de negociação existentes, em particular o Formato Normandia (Rússia, Ucrânia, Alemanha e França).

Zelensky realçou a importância da unidade e coordenação dos esforços políticos e diplomáticos para desbloquear o processo de paz e restaurar a estabilidade, refere o mesmo comunicado de imprensa.

O Presidente ucraniano agradeceu a Michel e aos líderes da União Europeia por manter seus diplomatas no país e reiterou a exigência ucraniana de que sanções preventivas sejam impostas à Rússia para evitar "as intenções agressivas do Kremlin", algo que a UE não contempla no pacote de sanções sem precedentes que está a preparar, caso a Rússia decida invadir o país vizinho.

Zelensky e Michel discutiram ainda como aumentar a defesa e as capacidades financeiras da Ucrânia à luz da ameaça russa e do risco de desestabilizar a economia.

A Ucrânia agradeceu à UE o pacote de ajuda macrofinanceira de 1.200 milhões de euros concedido à ex-república soviética.

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