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Santos Silva à Renascença

Contra a “decisão ilegal e ilegítima da Rússia” um pacote de sanções robusto

22 fev, 2022 - 08:40 • João Cunha

O ministro dos Negócios Estrangeiros português coloca de parte, para já, uma resposta militar à decisão anunciada pelos russos.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros espera uma condenação forte e alargada à decisão russa, que reconheceu as regiões separatistas da Ucrânia como estados independentes, e a aplicação de sanções.

Em primeiro lugar, espera-se uma condenação política muito forte e muito alargada.

"Veja-se a reunião do Conselho de Segurança, da União Europeia e da NATO, bem como dos diferentes Estados - a começar pelo português - que já condenaram esta decisão ilegal e ilegítima da Rússia", sublinha Augusto Santos Silva.

A segunda coisa a esperar são sanções. No seio da União Europeia "fomos sempre muito claros ao referir que um ato de agressão da Rússia, que pusesse em causa a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, teria como resposta imediata sanções económicas. Hoje de manhã, os nossos embaixadores em Bruxelas iniciarão a etapa final sobre a decisão de aplicar sanções à Federação Russa".

Sanções de natureza económica que já estão definidas.

"O trabalho técnico preparatório está concluído", garante o ministro.

Agora, "é uma questão de os 27 se entenderem sobre o pacote de sanções mais robusto e adequado para responder a este ato especifico: o ato de reconhecimento ilegal das ditas entidades separatistas de Donetsk e Lugansk".

Para além das sanções, o ministro português dos Negócios Estrangeiros coloca para já de parte uma resposta militar à decisão anunciada pelos russos.

"Temos de ir com prudência e racionalidade que estas circunstâncias exigem. Ontem, a Rússia deu um passo, ao reconhecer politicamente duas entidades. E nós devemos responder, de forma a procurar fazer valer a nossa razão, mas também a evitar uma lógica de escalada militar que teria efeitos devastadores para todos."

Por isso, adianta, há que "reagir racionalmente e prudentemente, passo a passo, em função das circunstâncias".

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  • Cidadao
    22 fev, 2022 Lisboa 12:24
    Citando "O ministro dos Negócios Estrangeiros português coloca de parte, para já, uma resposta militar à decisão anunciada pelos russos." Pois é pena, digo eu. Era mesmo por aí que tinha de se começar. Nem que fosse para fazer "exercicios militares conjuntos" com o Exército Ucraniano, dentro da Ucrânia e perto dos focos de conflito, e reforço de todas as guarnições NATO nos antigos países do Pacto de Varsóvia, que aderiram à NATO. Botas no terreno é a única coisa que o Putin respeita. Mas preferem um pacote de sanções pífio, que quem vai sofrer é o coitado do povo Russo. O Putin tem de sobra, aquilo que falta no Ocidente: DECISÃO.

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