O Japão e a Austrália anunciaram, esta quarta-feira, sanções contra a Rússia e os territórios separatistas pró-russos de Lugansk e Donetsk, que o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu na segunda-feira como independentes.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o governo vai proibir nova emissões e distribuição de títulos de dívida soberana russa no Japão, em resposta às "ações da Rússia na Ucrânia".
Kishida disse que o país vai também proibir o comércio com Lugansk e Donetsk, suspender a emissão de vistos para as pessoas ligadas às duas zonas do leste da Ucrânia e congelar os bens desses indivíduos no Japão.
O primeiro-ministro nipónico adiantou que as sanções vão entrar em vigor "o mais depressa possível".
Kishida indicou que o Japão está preparado para adotar medidas adicionais, se a situação piorar, em coordenação com os restantes países-membros do G7.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou sanções contra instituições bancárias
como o VEB, um dos maiores bancos de investimento e desenvolvimento da Rússia, e o banco militar russo, entre outros.
A Austrália vai também impor sanções contra indústrias de diversos setores, como a energia, mineração e hidrocarbonetos, das regiões de Donestsk e Lugansk, que passam ainda a ser abrangidas por sanções impostas em 2011 à Crimeia e a Sebastopol, então ocupadas pela Rússia.
Morrison disse que a Austrália vai também proibir a entrada e aplicar sanções financeiras a oito membros do conselho de segurança da Rússia, órgão que reúne os principais decisores russos, em particular os líderes do Exército e dos serviços secretos.
Tanto Morrison, como Kishida reiteraram a condenação da decisão russa, que consideraram ser uma violação da soberania e da integridade territorial ucraniana, bem como do direito internacional.