24 fev, 2022 - 18:49 • Ricardo Vieira, com agências
O Presidente norte-americano afirma que a invasão da Ucrânia pela Rússia é um "ataque sem justificação, premeditado e planeado durante meses". Numa declarações ao país, Joe Biden anuncia sanções para tentar "estrangular" Moscovo e juro fidelidade aos aliados da NATO.
"Foi tentada a via do diálogo e avisámos durante semanas que isto ia acontecer", afirmou Joe Biden.
"Putin declarou esta guerra e agora a Rússia vai sofrer as consequências", nomeadamente fortes sanções económicas concertas no seio do G7, disse o Presidente norte-americano.
Biden considera que o Presidente russo, Vladimir Putin, "quer restabelecer a antiga União Soviética" e garante que os Estados Unidos vão "congelar o financiamento à Rússia".
O líder norte-americano reafirma o seu apoio aos aliados da NATO, nomeadamente aos países bálticos e a outros nas fronteiras com a Ucrânia e a Rússia.
Joe Biden diz que o objetivo não é envolver os Estados Unidos no conflito entre Rússia e Ucrânia, mas sim garantir a proteção dos países vizinhos.
“As nossas forças não estão a ir para a Europa para lutar na Ucrânia, mas para defender nossos aliados da NATO e tranquilizar os aliados no leste” da Europa, salientou.
Joe Biden considera que a invasão da Ucrânia por tropas russas é um “momento crítico para a liberdade na Europa e no Mundo”.
“Agora o mundo vê claramente do que são capazes Putin e os seus aliados.”
Os EUA e os seus aliados vão sair deste conflito mais fortes e unidos e "Putin vai ser um pária na comunidade internacional”, avisa o Presidente dos Estados Unidos.
“Quando a história desta era for escrita, a escolha de Putin de fazer uma guerra totalmente injustificável contra a Ucrânia irá deixar Rússia mais fraca e o resto do mundo mais forte", afirmou.
"Qualquer nação que apoie o ataque ficará manchada", adverte Joe Biden.
"Se a Rússia continuar a fazer ciberataques contra as nossas empresas e infraestruturas críticas, nós iremos retaliar", sublinhou durante a sua intervenção.
Joe Biden acusa Putin de ter "uma visão sinistra para o futuro do mundo, em que os países atingem os seus objetivos pela força". Esta é uma "visão à qual os Estados Unidos e as nações amantes da liberdade se vão opor", salientou.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.